“Desligar o ventilador pode ser um acto de amor”

Um doente, a quem ia ser desligado o ventilador, acordou da sedação e bebeu chá. Um jovem morreu, com a mãe ao lado. Duas doentes melhoraram e vão para casa. Retrato de uma manhã no Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital de São João. Um lugar onde se enfrenta a morte para ajudar a viver melhor.

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Nelson Garrido

Há doentes que morrem e outros que saem para regressar a casa pelo próprio pé na unidade de cuidados paliativos do Hospital de São João, no Porto. “Os cuidados paliativos têm morte e têm vida. Como não temos medo de falar da morte, nem fugimos dela, conseguimos ajudar as pessoas a viver muito melhor”, diz Edna Gonçalves, a directora do Serviço de Cuidados Paliativos que, além da unidade de internamento com 11 camas, no piso 2 do hospital, inclui uma equipa que vai a casa dos doentes e outra que leva os cuidados paliativos às demais enfermarias do hospital. “Pode ser para fazer um ajuste de medicação, para ajudar a família a organizar-se nos cuidados, ou para ponderar se vale a pena prolongar a vida”, retoma a directora de um serviço que soma seis médicos, 25 enfermeiros, 10 auxiliares de acção médica, uma psicóloga e uma assistente social.

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