Função Pública cresce em 2019 e aproxima-se dos 700 mil trabalhadores

O emprego público aumentou em 2,2% durante o último ano, o que representa um crescimento de 15 mil novos postos de trabalho. Hospital de Braga justifica parte desta evolução. Salários também cresceram.

Foto
Daniel Rocha

Mais funcionários públicos e a ganharem mais. Este é o resumo do retrato da Administração Pública que consta dos dados mais recentes divulgados esta sexta-feira na Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), relativos ao ano de 2019, e que dá conta de um aumento homólogo de 2,2%, correspondente a 15.305 novos postos de trabalho, distribuídos “essencialmente entre a administração central (2,3% correspondente a mais 11.658 postos de trabalho) e a administração local (2,0% correspondente a mais 2381)”.

Assim, no final do ano passado, “o emprego no sector das administrações públicas situou-se em 698.522 postos de trabalho”, sublinhando o mesmo documento que este número representa “uma quebra de 4,0%, correspondente à redução de 29.263 postos de trabalho, face a 31 de Dezembro de 2011”.

O aumento observado em 2019 sustenta-se, em particular, “nas Entidades Públicas Empresariais (E.P.E.) do SNS (6701), nos estabelecimentos de investigação e ensino superior (2710) e nos estabelecimentos de ensino básico e secundário (1171)”. No caso das empresas públicas do SNS, “o aumento decorre em parte da integração do Hospital de Braga E.P.E. no universo das entidades das administrações públicas (mais de 2869 postos de trabalho), o que se repercute ainda no maior número de trabalhadores nas carreiras da área da saúde”.

Remunerações sobem 2,2%

Os dados divulgados na mesma síntese, mas relativos ainda a Outubro de 2019, revelam também um valor dos salários médios dos trabalhadores a tempo completo de 1501,3 euros, “correspondendo a uma variação global média de 0,6%, em relação ao mês de referência do trimestre precedente (Julho de 2019), e a uma variação homóloga de 2,2%”. Uma evolução explicada pelo “efeito essencialmente da actualização do valor da remuneração base praticada no sector, que passou a ser igual ou superior a 635,07 euros, bem como do processo gradual de descongelamento de todas as carreiras”. 

No documento pode ler-se que “o impacto desta última medida teve maior efeito nas carreiras de enfermeiro e de técnico de diagnóstico e terapêutica, com variação positiva em relação a Outubro de 2018 de 7,8% e 5,9%, respectivamente”. Por outro lado, “a carreira de pessoal de investigação científica apresentou uma variação negativa de 18,9% em resultado dos movimentos de entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios (entrada de novos trabalhadores em níveis remuneratórios na base da carreira)”, conclui-se.

Já o ganho médio mensal nas administrações públicas fixou-se, para Outubro de 2019, em 1760 euros, “indiciando uma variação global no trimestre de 0,6%, e uma variação homóloga de 2,4%, pelos mesmos motivos referidos para a remuneração base média mensal”. 

Sugerir correcção
Ler 11 comentários