Rúben Amorim: “Vamos testar as fraquezas do Benfica”

Treinador do Sp. Braga garante uma equipa ofensiva no Estádio da Luz e preparada para defrontar o líder da Liga.

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LUSA/HUGO DELGADO

Rúben Amorim garante um Sporting de Braga ofensivo a querer ganhar no Estádio da Luz ao Benfica, no sábado, da 21.ª jornada da I Liga de futebol, um façanha que quebraria um “jejum” de 66 anos.

Os bracarenses não vencem em casa do Benfica, para o campeonato, desde 1954, mas o treinador dos minhotos frisou a “ambição” da equipa em ir “tentar vencer” à Luz, “sem olhar para o passado”. “A nossa forma de ser é muito ofensiva, é de querer ir ganhar o jogo, de ter protagonismo, e não podemos mudar porque se não vamos perder a nossa qualidade. A ideia é ganhar, seja na Luz, no Dragão ou em Alvalade”, notou.

O Sporting de Braga vem de nove jogos sem perder (oito vitórias e um empate), os últimos oito sob o comando de Rúben Amorim, e o treinador assegurou que a equipa “não vai abdicar da mesma forma de jogar”.

Questionado sobre o facto de o Benfica ter sofrido oito golos nos últimos quatro jogos, o técnico notou que, apesar disso, a equipa de Bruno Lage “tem ganho”, mas que isso lhe deu alguns “sinais de que há algo” que o Sp. Braga pode “aproveitar”. “É uma equipa que mete muita gente no ataque e é normal que tenha menos gente cá atrás. Vimos o Benfica, como eles a nós, e vamos testar as suas fraquezas, com eles as nossas. Vai depender muito do início do jogo, conhecemos o posicionamento do Benfica e onde poderá haver espaço, estamos preparados”, afirmou.

No final da gala do clube, na terça-feira, Palhinha deixou reparos aos comentadores por insinuações de que o Sp. Braga facilita nos jogos com o Benfica, mas o técnico fez valer a experiência de ter jogado pelos dois clubes para desmentir essa ideia. “É-me difícil perceber isso. Joguei até há pouco tempo e, pelo Sp. Braga, ganhei ao Benfica e, pelo Benfica, perdi com o Sp. Braga - numa meia-final da Liga Europa, por exemplo, eu estava do outro lado. Não é verdade, não ligo a isso, e queria que as pessoas de Braga não dessem qualquer importância a esse assunto”.

O treinador não quis revelar se Raul Silva, regressado após lesão, voltará ao eixo defensivo, o que é o mais provável, e desvalorizou as várias lesões que os defesas centrais do clube têm tido nos últimos tempos. “Não me preocupa porque os jogadores têm dado conta do recado, mas é uma posição em que é preciso criar algumas rotinas e até tentamos mudar sempre os parceiros nos treinos para precaver lesões. Perdem-se algumas rotinas, mas preferimos assim. Sem o Tormena, não podemos treinar tanto a velocidade, mas o Wallace é muito mais experiente, mais forte no contacto físico e no jogo aéreo”, vincou.

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