Futebolistas já têm um fundo de protecção salarial

Em causa estão os casos em que os clubes não cumprem com a obrigação de pagamento dos salários.

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Futebolistas passam a estar mais protegidos quando clubes não cumprem com o pagamento dos salários Tiago Lopes

O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) congratulou-se nesta sexta-feira com a criação do “Player Protection Fund”, um fundo que visa permitir aos futebolistas a recuperação dos seus salários em situações em que não conseguem ser ressarcidos.

“O Sindicato dos Jogadores congratula-se com a criação do “Player Protection Fund” a nível internacional, um fundo que visa permitir aos jogadores a recuperação dos seus salários nas situações em que, embora obtendo decisão condenatória favorável, não conseguem ser ressarcidos pelos clubes que entram em insolvência e são extintos”, pode ler-se no comunicado emitido pelo órgão representativo dos jogadores.

O “Player Protection Fund” é mais uma medida resultante da negociação que a FIFA e a FIFPro (Associação Internacional de Futebolistas Profissionais) têm mantido após a desistência da queixa apresentada por esta última entidade junto da Comissão Europeia, no sentido de incorporar no regulamento do estatuto e transferências de jogadores (RSTP) medidas que protejam os profissionais de futebol, enquanto trabalhadores e seres humanos.

A FIFA vai criar um fundo de 14,6 milhões de euros, que será financiado exclusivamente pelo organismo, e que dará, a partir de Julho, apoio financeiro a futebolistas com salários em dívida.

Relatórios recentes, entre os quais da Fifpro, “atestam a profusão de casos de salários em dívida, um pouco por todo o mundo”, indicou a FIFA em comunicado emitido na terça-feira, acrescentando que o fundo não cobrirá tudo, mas será uma “importante rede de segurança”.

“Este acordo e o nosso compromisso de ajudar futebolistas em dificuldade demonstram a maneira como entendemos o nosso papel de instância dirigente do futebol mundial”, disse Gianni Infantino, presidente da FIFA.

Nos últimos cinco anos, “mais de 50 clubes em 20 países fecharam as portas, deixando centenas de futebolistas em dificuldade”, revelou ainda o presidente da Fifpro, Philippe Piat.

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