Marcelo só comunica decisão sobre recandidatura após convocar presidenciais

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que “o Presidente ainda vai tomar muitas decisões até à realização das eleições”.

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Marcelo Rebelo de Sousa LUSA/RUI MANUEL FARINHA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou nesta terça-feira que só irá comunicar a sua decisão sobre uma possível recandidatura nas presidenciais de 2021 após convocar essas eleições, “provavelmente em Novembro”.

Em declarações aos jornalistas, na varanda do Palácio de Belém, em Lisboa, o chefe de Estado defendeu que essa “é a única maneira de poder exercer a magistratura tal como é exigido na Constituição e tal como o país também exige”.

No entanto, questionado sobre se o anúncio de uma possível recandidatura poderia acontecer antes de Novembro, respondeu: “Por definição, daqui até Novembro, muito poderá acontecer, vai acontecer muita coisa. Está a acontecer tanta coisa desde as legislativas que o que vai acontecer ainda vai ser mais do que aquilo que aconteceu.”

Interrogado sobre o momento em que comunicará a sua decisão sobre uma recandidatura ou não às presidenciais de Janeiro do próximo ano, Marcelo Rebelo de Sousa começou por referir que “o Presidente da República tem de convocar as eleições, no caso das presidenciais, provavelmente em Novembro”.

“Obviamente uma coisa é certa: qualquer decisão que, enquanto cidadão, venha a tomar será sempre posterior à convocação das eleições. Quer dizer, o Presidente não deve convocar as eleições já tendo dito se é ou não é candidato presidencial. Convoca as eleições como Presidente e depois, como cidadão, como qualquer outro cidadão, uma vez convocadas as eleições, decide se se candidata ou não”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que “o Presidente ainda vai tomar muitas decisões até à realização das eleições, isto é, até ao termo do seu mandato, muitas, porque haverá um Orçamento para promulgar, ou não, não apenas este, mas o seguinte, porque haverá muitas leis a ponderar, haverá muitas iniciativas de diversa natureza a ponderar”.

“Haverá muitas responsabilidades internacionais a assumir e não podem restar dúvidas de que ele, Presidente, decide e assume enquanto Presidente, e não influenciado pelo clima que haja mais intenso ou menos intenso em termos pré-eleitorais”, argumentou.

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