Parlamento da Macedónia do Norte ratifica adesão à NATO

A Grécia foi o primeiro país a ratificar o acesso da Macedónia do Norte à aliança militar ocidental e Espanha é o único Estado-membro da NATO que ainda não aprovou a adesão.

Bandeira da NATO é hasteada no exterior do Parlamento da Macedónia do Norte, em Escópia
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Bandeira da NATO é hasteada no exterior do Parlamento da Macedónia do Norte, em Escópia OGNEN TEOFILOVSKI/Reuters
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O Presidente da Assembleia da República da Macedónia do Norte, Talat Dzaferi, entrega a bandeira da NATO durante a cerimónia em Escópia GEORGI LICOVSKI/LUSA
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O Parlamento da Macedónia do Norte ratificou esta terça-feira por unanimidade um acordo que torna o país do Sul dos Balcãs no 30.º Estado-membro da aliança militar da NATO.

A totalidade dos 114 deputados presentes num hemiciclo de 120 lugares votou a favor da ratificação. Uma bandeira da NATO foi hasteada no exterior do edifício durante uma breve cerimónia.

A votação decorreu algumas semanas antes da data prevista devido à dissolução do Parlamento prevista para sexta-feira, no âmbito das eleições legislativas antecipadas marcadas para 12 de Abril.

A Espanha é o único Estado-membro da NATO que ainda não aprovou a adesão da Macedónia do Norte, mas aguarda-se para Março uma votação nesse sentido pelo Parlamento de Madrid.

A integração na NATO e na União Europeia (UE) tem constituído uma prioridade para os líderes da antiga república jugoslava, mas um longo contencioso com a vizinha Grécia sobre o nome definitivo do país bloqueou o processo durante mais de duas décadas.

A Macedónia do Norte era designada pelas autoridades locais de República da Macedónia, um nome que “colidia” com a designação da província do Norte da Grécia. Nas instâncias internacionais surgia como “Antiga república jugoslava da Macedónia” (Fyrom).

Em 2017, um acordo com a Grécia, então governada pelo partido de esquerda Syriza, ultrapassou o longo impasse, com a aprovação da nova designação Macedónia do Norte para o pequeno e jovem país, independente desde 1991. Em contrapartida, a Grécia concordou em levantar as suas objecções às ambições do seu vizinho em juntar-se à NATO, e eventualmente à UE.

A Grécia foi o primeiro país a ratificar o acesso da Macedónia do Norte à aliança militar ocidental.

“Ao aderirmos a esta aliança, não nos juntamos simplesmente a uma organização internacional”, considerou antes da votação e perante os deputados o Presidente Stevo Pendarovski. “Ser membro da mais poderosa aliança político-militar do mundo é um privilégio, mas também uma grande responsabilidade”.

Pendarovski definiu a votação como “um importante passo na conclusão das instituições estatais macedónias e na preservação da soberania e integridade territorial”.

A Macedónia do Norte e a Albânia pretendem iniciar conversações de adesão à UE, que foram bloqueadas em Outubro pela França, Holanda e Dinamarca. Os Estados Unidos e os diversos aliados europeus apoiam o processo de integração na União através do início formal das negociações, ao recearem um aumento da influência da Rússia e da China na região dos Balcãs.

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