Japão: passageiros mais velhos vão poder sair do navio em quarentena

O Governo japonês vai permitir que passageiros mais velhos saiam do navio em quarentena. Essas pessoas podem desembarcar ainda esta terça-feira.

Fotogaleria
Uma mulher segura uma bandeira japonesa onde se lê "escassez de medicamentos" Kim Kyung Hoon/Reuters
Fotogaleria
Passageiros cumprimentam pessoas em terra Kim Kyung Hoon/Reuters
Fotogaleria
Um dos quarto do navio Diamond Princess SOCIAL MEDIA
Fotogaleria
Comida distribuída a bordo do navio SOCIAL MEDIA
Fotogaleria
Navio encontra-se em isolamento completo Kim Kyung Hoon/Reuters
Fotogaleria
Vista aérea do Diamond Princess Kyodo
Fotogaleria
Passageiros convivem a bordo do navio, numa das poucas ocasiões em que lhes é permitido sair das cabines Kyodo
Fotogaleria
Um agente equipado com um fato de protecção carrega a mala de um passageiro do navio Kim Kyung Hoon/Reuters
Fotogaleria
Passageiros são transferidos do navio para uma embarcação das autoridades japonesas Kyodo
Fotogaleria
Imagem no interior do navio isolado SOCIAL MEDIA
Fotogaleria
Já foram confirmados dez casos de infecção a bordo do navio SOCIAL MEDIA
Fotogaleria
Fotografia nocturna do Diamond Princess Kyodo
Fotogaleria
Pessoas sentadas numa esplanada do navio Kyodo
Fotogaleria
Passageiros secam as roupas Kim Kyung Hoon/Reuters
Fotogaleria
Um passageiro de máscara aproveita para se esticar na varanda da sua cabine Kim Kyung Hoon/Reuters
Fotogaleria
Um trabalhador reabastece as bebidas Reuters Staff
Fotogaleria
Um dos passageiros (coberto por um lençol) é transferido do barco para terra Kyodo

O Governo do Japão vai permitir que passageiros mais velhos e pessoas que sofrem de doenças crónicas deixem o cruzeiro em quarentena no porto de Yokohoma, Japão, no qual pelo menos 135 pessoas estão infectadas com novo coronavírus. 

De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo, essas pessoas podem desembarcar ainda durante esta terça-feira. 

Durante mais de uma semana, o Governo japonês mantém 3600 pessoas a bordo do navio Diamond Princess em quarentena (que deve durar até 19 de Fevereiro), a fim de evitar novas infecções no país.

Cerca de 80% dos 2666 passageiros têm mais de 60 anos de idade, e mais de 200 passageiros têm 80 anos ou mais. 

As pessoas infectadas já foram levadas para centros médicos de Tóquio e de outras localidades próximas, onde estão a receber tratamento.

As autoridades sanitárias continuam a realizar exames médicos aos passageiros e tripulantes do Diamond Princess

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu na sexta-feira ao Japão que tomasse todas as medidas necessárias para acompanhar os passageiros do Diamond Princess confinados a bordo, incluindo medidas de apoio psicológico. 

A epidemia provocada pelo coronavírus detectado em Wuhan causou já 1018 mortos, dos quais 1.016 na China continental, onde se contabilizam mais de 42 mil infectados, segundo o balanço divulgado esta terça-feira.

Na segunda-feira, de acordo com os dados anunciados pela Comissão Nacional de Saúde da China, registam-se no território continental chinês 108 mortes e foram detectados 2478 novos casos de infecção, para um total de 42.638, em especial na província de Hubei (centro), onde perto de 60 milhões de pessoas permanecem em quarentena. 

O balanço é superior ao da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior. 

O novo vírus, que provocou um morto em Hong Kong e outro nas Filipinas, atinge também Macau e mais de duas de dezenas de países, onde os casos de contágio superam os 350. 

Na Europa, contam-se desde segunda-feira 43 infectados, com quatro novos casos detectados no Reino Unido, onde a propagação do vírus foi declarada uma “ameaça séria e iminente para a saúde pública”.

A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a OMS enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução. 

Sugerir correcção
Comentar