Portugal acima da média europeia no trabalho a partir de casa

Dados do Eurostat publicados esta quinta feira demonstram que 6,1 % dos trabalhadores empregados por conta de outrem fazem-no a partir de casa. A média europeia é de 5,2%.

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Daniel Rocha (arquivo)

Cerca de 6,1% dos trabalhadores portugueses entre 15 e 64 anos costumam trabalhar a partir de casa, mesmo que não sejam “freelancers”, percentagem que coloca Portugal acima da média da União Europeia (UE).

O gabinete de estatísticas da União Europeia (Eurostat) publicou esta quinta-feira uma análise acerca da frequência com que os europeus trabalharam a partir de casa durante o ano de 2018, uma tendência que tem vindo a acompanhar há já vários anos. E apurou que não houve grandes oscilações de resultados durante a última década, que oscilam sempre à volta dos 5%. Em 2018, 5,2% das pessoas empregadas com idades entre 15 e 64 anos na União Europeia (UE) geralmente trabalhavam em casa. 

De acordo com o Eurostat, 6,1% da população activa em Portugal trabalhava com frequência a partir de casa em 2018, o que compara com uma percentagem de 5,9% em 2017 e de 6,3% em 2016. Em 2018, a média comunitária (que já não inclui o Reino Unido, dado o “Brexit") foi de 5,2%, o que representa um acréscimo face aos anos anteriores (5,1% em 2017 e 4,8% em 2016).

Com 14,0% das pessoas empregadas que trabalham normalmente em casa em 2018, os Países Baixos lideraram a lista de Estados-membros da UE, seguidos de perto pela Finlândia (13,3%), Luxemburgo (11,0%) e Áustria (10,0%). Por outro lado, pouquíssimas pessoas trabalhavam em casa na Bulgária (0,3%) e na Roménia (0,4%).

O Eurostat confirma um padrão em todos os Estados-membros, verificando que são os trabalhadores independentes quem costuma trabalhar em casa (18,5%) com mais frequência do que os empregados (3,0%). As taxas mais altas registadas foram na Finlândia, onde mais de 40% dos trabalhadores por conta própria costumavam trabalhar em casa (46,4%), Holanda (44,5%) e Áustria (43%).

Tal como em Portugal, em toda a UE são mais as mulheres do que os homens que trabalhavam a partir de casa: enquanto no país estas percentagens são de 6,6% e de 5,6%, respectivamente, na média da UE ficam-se pelos 5,5% e pelos 5%.

A parcela dos que trabalham em casa aumenta com a idade. Na UE, apenas 1,8% das pessoas de 15 a 24 anos geralmente trabalhavam em casa em 2018, comparado a 5,0% entre as pessoas de 25 a 49 anos e 6,4% entre as de 50 a 64 anos. A maior proporção de jovens de 15 a 24 anos que geralmente trabalhavam em casa foi registrada no Luxemburgo (8,7%), seguido da Estónia (5,2%). Para as outras categorias etárias, os Países Baixos registaram as maiores participações daqueles que geralmente trabalham em casa (14,9% entre 25 e 49 anos e 17,3% entre 50 e 64 anos). 

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