Madoff alega falência renal e pede libertação antecipada

O antigo gestor de fortunas norte-americano está a cumprir uma pena de prisão de 150 anos por ter sido responsável pela maior fraude fiscal de sempre.

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Reuters/Shannon Stapleton

Bernard Madoff, de 81 anos, que cumpre uma pena de 150 anos por ter cometido aquela que foi considerada a maior fraude fiscal de sempre, disse que está a morrer devido a insuficiência renal e pediu para ser libertado antecipadamente. De acordo com um documento que foi apresentado pelos seus advogados, Madoff, que diz sofrer de uma doença renal em estado terminal, para além de ter hipertensão e dificuldades cardíacas, tem “menos de 18 meses de vida”.

O antigo gestor de fortunas recusou-se a fazer diálise e, no Verão passado, foi transferido para uma unidade de cuidados paliativos no centro médico da prisão da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, onde está a cumprir a sua sentença.

“Está claro que Madoff não representa um perigo para nenhuma pessoa ou para a comunidade”, vincaram os advogados no pedido de libertação, que na quarta-feira foi entregue no tribunal, em Nova Iorque. Os advogados recordaram ainda que o recluso não tem um historial violento e que a natureza dos seus crimes o impede de participar em qualquer tipo de actividade financeira.

Recentemente, numa entrevista ao The Washington Post, Bernie Madoff já tinha afirmado que sofria de uma “doença terminal”, acrescentando que cumpriu 11 anos de prisão.

Madoff foi preso no final de 2008 devido a um esquema de fraude em pirâmide, conhecido nos EUA por esquema de Ponzi, com o qual a sua empresa desviou cerca de 65 milhões de dólares (perto de 59 milhões de euros). Apesar de, inicialmente, se ter declarado inocente, em 2009, Madoff acabou por admitir ser culpado dos crimes em causa.

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