Djokovic ainda está um set à frente da concorrência

Sérvio estendeu o domínio no Open da Austrália, com a conquista do oitavo título. Desgaste acumulado penalizou Dominic Thiem.

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Foram quatro horas de uma final equilibrada, Dominic Thiem esteve mais perto do que nunca de ganhar o seu primeiro grande título, mas, no final, ganhou Novak Djokovic. Ao erguer pela oitava vez a Norman Brooks Challenge Cup, o sérvio confirmou que a Rod Laver Arena é o seu court preferido. Djokovic acabou por fazer a diferença nos detalhes diante de um Thiem mais desgastado, que mereceu um elogio do campeão

“Ele foi melhor jogador. Provavelmente, só um ponto ou uma pancada nos separou hoje. Poderia ter caído para o outro lado”, admitiu Djokovic, após o triunfo, por 6-4, 4-6, 2-6, 6-3 e 6-4. “Sem dúvida que este é o meu estádio favorito em todo o mundo e sinto-me abençoado por segurar este troféu uma vez mais”, frisou o campeão, depois de recordar os maus momentos por que passou a Austrália e também a morte do seu amigo Kobe Bryant.

Thiem fez mais winners do que o adversário (55-46) e igualou-o no número de erros não forçados (57). Djokovic foi mais eficaz no serviço, tanto no primeiro (76%) como no segundo (51%), e terminou com somente mais 10 pontos ganhos. Mas o que conta são aqueles que fazem a diferença e Thiem não converteu o primeiro break-point do quarto set, no terceiro jogo, e outros dois na partida decisiva, enquanto o sérvio foi implacável quando teve oportunidades.

“Servi e voleei quando enfrentei break-points no quarto e no quinto sets e funcionou em ambas as vezes. Poderia ter sido diferente: serviço-vólei não é uma coisa a que esteja acostumado. Reconheço que é uma táctica importante nestas circunstâncias e estou contente por ter resultado”, afirmou o sérvio.

Embora se tenha recomposto do nervosismo inicial, Thiem foi acusando as muitas horas que passou no court nas rondas anteriores: quatro com Rafael Nadal e 3h40m com Alexander Zverev. E os erros foram aparecendo, com destaque para um vólei e uma dupla-falta que abriu caminho para o break no quarto set. “Raramente me senti tão cansado. Joguei um encontro muito intenso com Rafa, um encontro igualmente intenso com Sascha nas meias… Hoje, foi muito exigente”, explicou Thiem, que sobe ao quarto lugar do ranking, por troca com Daniil Medvedev.

Ao somar o 17.º título do Grand Slam, Djokovic destrona Nadal do primeiro lugar do ranking, que irá ocupar pela 276.ª semana, e aproxima-se dos 19 de Nadal e 20 de Roger Federer. “Tenho objectivos profissionais. O Grand Slam é uma das principais razões por que ainda compito e faço uma época inteira. Tentar ser o número um é outro grande objectivo. Coloquei-me nessa situação que é muito boa neste momento. Estou muito contente pela forma como comecei a época, dá o tom para o resto do ano”, disse Djokovic, após ganhar o 13.º encontro em 2020 — tinha vencido os seis que disputou na ATP Cup.

Este foi o 13.º major consecutivo conquistado por um dos elementos do Big 3, mas a diferença está a diminuir. “Penso que são apenas detalhes. Nas duas últimas finais, US Open e aqui, foi muito equilibrado. Acho que não é necessário mais do que um pouco de sorte. Talvez se tivesse convertido o break-point no quarto set, estivesse aqui sentado como vencedor”, resumiu Thiem, antes de frisar: “Espero mesmo vencer o meu primeiro Grand Slam enquanto eles estiverem a jogar, porque conta mais.”

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