Imperturbável Djokovic mais perto do oitavo título em Melbourne

Sérvio afastou Federer na meia-final do Open da Austrália. Kenin e Muguruza vão disputar uma final inesperada.

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Djokovic festeja na Rod Laver Arena a passagem à final LUSA/SCOTT BARBOUR

Novak Djokovic sempre disse que a Rod Laver Arena é o seu court preferido, onde obteve mais sucessos e onde nunca perdeu uma final. Foi lá, em 2008, que o sérvio conquistou o primeiro de 16 títulos do Grand Slam e é lá que irá tentar somar mais um, depois de ultrapassar Roger Federer nas meias-finais do Open da Austrália. Apesar de o suíço não estar nas melhores condições físicas, a superioridade de Djokovic demorou a ganhar forma.

Durante o dia, houve rumores de que Federer não ia comparecer na meia-final, mas o suíço de 38 anos entrou na Rod Laver Arena determinado a surpreender. Liderou por 4-1 e 5-2, passou a dois pontos de ganhar o set inaugural, mas as consequências de dois encontros anteriores em cinco sets, que incluíam queixas numa virilha, vieram ao de cima. Djokovic soube prolongar os pontos, encontrar profundidade e provocar erros: 35 para o suíço, 19 no primeiro set.

“Ele começou muito bem e eu estava mesmo nervoso. Tenho muito respeito por o Roger ter vindo jogar; ele estava obviamente lesionado, nem perto do seu melhor em termos de movimentação. E eu não estava com a mentalidade certa. Estava mais preocupado com a forma como ele se mexia, em vez de me preocupar com o meu jogo. Foi muito importante ter vencido aquele primeiro set. Depois, mentalmente, pude relaxar um pouco”, admitiu o número dois do ranking, após afastar Federer (3.º), por 7-6 (7/1), 6-4 e 6-3.

Para erguer um oitavo troféu no Open da Austrália, Djokovic terá que vencer, no derradeiro jogo, um finalista inédito em Melbourne, que sairá do embate entre Dominic Thiem e Alexander Zverev (sexta-feira, 8h30 em Portugal).

Durante o dia — o mais quente deste Open, com as temperaturas a rondarem os 40 graus —, houve surpresas e a final feminina (sábado, às 8h30) será a menos previsível, depois de as favoritas, Ashleigh Barty e Simona Halep, terem sido eliminadas nas meias-finais. Barty era a grande aposta dos australianos para que o título ficasse em casa após 42 anos de jejum, já que chegou a Melbourne como número um do ranking, mas a super-competitiva Sofia Kenin negou esse desejo ao vencer, por 7-6 (8/6), 7-5.

Barty teve o encontro controlado, mas desperdiçou dois set-points na partida inaugural, em que foi superior, e outros dois no segundo set. Kenin, de 21 anos, é a mais jovem norte-americana a derrotar uma líder do ranking desde 2002 (Serena Williams), a mais nova finalista do Open Austrália desde 2008 (Ana Ivanovic) e já garantiu, inclusive, a entrada no top 10.

Halep viu a igualmente bicampeã do Grand Slam Garbiñe Muguruza igualá-la em determinação e querer e superá-la em agressividade. Embora menos regular, a espanhola soube manter a adversária sob pressão e ganhar os pontos mais importantes para, ao fim de duas horas, vencer, por 7-6 (10/8), 7-5. Tal como no encontro anterior, Halep terá de recordar os quatro set-points de que dispôs na primeira partida e as duas vezes em que serviu no segundo set com um break de vantagem.

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