Grão-duque do Luxemburgo defende a sua mulher das críticas dos media

Auditoria à família real luxemburguesa já chegou ao gabinete do primeiro-ministro e, embora ainda não tenha sido divulgado, Henrique reage às críticas feitas a Maria Teresa nos meios de comunicação social.

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Henrique e Maria Teresa numa fotografia publicada pela casa real do Luxemburgo DR
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Maria Teresa do Luxemburgo pertence a uma família cubana, obrigada ao exílio pelo regime castrista DR
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O grão-duque sucedeu ao pai em 2000, depois de João ter abdicado DR

Depois de, no Verão passado, o governo do Luxemburgo ter pedido um relatório sobre a gestão do pessoal da corte e de este estar em cima da mesa do primeiro-ministro desde sexta-feira, o grão-duque Henrique publicou um comunicado onde defende a sua mulher, Maria Teresa, depois de terem sido publicadas algumas notícias, alegadamente com base no dito relatório, que avançam que a grã-duquesa é responsável pela grande rotatividade dos funcionários na corte.

Maria Teresa, segundo o semanário The Lëtzebuerger Land, citado pelo El País, é uma mulher autoritária e de temperamento forte e a principal responsável por, pelo menos, um terço dos funcionários reais ter pedido a demissão. Henrique lamenta as notícias e defende a sua mulher num comunicado que diz ter escrito à cabeceira do seu cunhado, irmão de Maria Teresa, em Genebra, onde aquele se encontra hospitalizado.

“Desde a minha ascensão ao trono que queremos, juntos, contribuir para a modernização de nossa monarquia constitucional e queremos continuar nesse caminho. As batalhas da minha mulher, que sempre apoiei, e que continuaremos a travar são essenciais: a luta contra a dislexia, a luta contra a violência sexual, o estatuto das crianças presas em África, o desenvolvimento e a educação de meninas e mulheres”, enumera o grão-duque que faz ainda um elogio a Maria Teresa dizendo que se orgulha do seu compromisso, da sua inteligência e da sua energia. “A sua dedicação ao serviço do nosso país, ao meu lado há 39 anos, é exemplar e é essencial para mim.”

Na mesma mensagem, Henrique, de certa forma, responde ainda aos rumores de que abdicará em favor do seu filho, por causa das conclusões do dito relatório, dizendo que o casal continua disponível para servir os luxemburgueses: “Continuaremos a servir-vos, a estar disponíveis para vós e para o Luxemburgo. Especialmente neste momento crucial em que os nossos filhos estão a começar a sua vida familiar, é imperativo para nós, como pais, permitir que desfrutem estes belos anos como herdeiros.”

O príncipe Guillaume, de 38 anos, é o primeiro na linha de sucessão e é casado com Stéphanie de Lannoy, de 35. O casal espera o nascimento do seu primeiro filho para Maio. Henrique sucedeu ao seu pai, o grão-duque João, que morreu em Abril passado, em 2000, depois deste ter abdicado. Quanto ao relatório, em princípio será discutido na Câmara dos Deputados e só depois será divulgado ao público.

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