ERC aprova António José Teixeira e equipa para dirigir Informação da RTP

O resto da equipa foi aprovada por unanimidade. O director apenas recolheu a maioria dos votos do regulador.

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Nuno Ferreira Santos

Só três semanas depois de ter sido avisada da escolha de António José Teixeira para director de Informação da RTP, a ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social deu o seu aval às mudanças no operador público de televisão. O conselho regulador aprovou nesta segunda-feira a saída da equipa de Maria Flor Pedroso e a entrada da de Teixeira, que mantém vários responsáveis da antecessora. O nome de António José Teixeira foi aprovado por maioria; os nomes do resto da equipa foram aprovados por unanimidade.

Novos mesmo são apenas os jornalistas Carlos Daniel para director adjunto (com poder sobre a informação não diária, ou seja, programas como o Prós e Contras ou o Sexta às 9), e Luísa Bastos, actual editora de Política, para subdirectora. Rui Romano é o outro subdirector. Os restantes directores adjuntos são Adília Godinho, Joana Garcia (que Teixeira fora buscar à SIC em 2016) – ambas com tutela sobre a informação diária e a RTP3 – e Hugo Gilberto (com responsabilidade pela redacção do Porto e com o Desporto).

A demora, tem dito o regulador, prende-se com a dificuldade de agenda tanto de um elemento do conselho como da parte de todos os envolvidos nestas trocas de cadeiras na RTP, que tiveram que ser ouvidos. No entanto, não seria a primeira vez que a ERC decidia sobre dossiers importantes com um dos elementos ausente – foi o que aconteceu, por exemplo, no caso do parecer sobre a compra da Media Capital pela Cofina. O PÚBLICO apurou que o ambiente de trabalho dentro do conselho está muito deteriorado, com o presidente e o vice-presidente de costas voltadas. A discussão e a votação da nova motivou declarações de voto que ainda não se encontram disponíveis na página da ERC.

A mudança da direcção de informação da RTP foi motivada pela polémica entre Maria Flor Pedroso e a coordenadora do Sexta às 9 por causa de reportagens sobre o lítio e sobre acusações de fraude numa instituição de ensino superior privada. A administração ainda indicou José Fragoso, actual director de Programas, para acumular com a Informação, mas o regulador recusou. 

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