Borja garantiu novo balão de oxigénio ao Sporting

Sem fazerem uma exibição convincente, os “leões” inciaram a segunda volta com um triunfo e subiram ao terceiro lugar.

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Coates fez um golo acrobático, mas o lance foi invalidado
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Coates fez um golo acrobático, mas o lance foi invalidado LUSA/MIGUEL A. LOPES
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A exibição teve, durante quase todo o jogo, direito a mais assobios do que aplausos, mas para o Sporting a segunda volta da I Liga começou com uma vitória. Com três derrotas e um triunfo em 2020, os “leões” jogaram sob enorme pressão frente ao Marítimo e viram dois golos serem bem anulados pelo videoárbitro, mas um golo do colombiano Cristián Borja, a pouco mais de dez minutos do fim, garantiu novo balão de oxigénio ao Sporting. Com este resultado (1-0), os sportinguistas recuperam o terceiro lugar e ficam provisoriamente a nove pontos do vice-líder FC Porto.

De regresso a Alvalade, onde este mês já tinha sido derrotado pelo FC Porto e pelo Benfica, o Sporting apresentou-se combalido pelos maus resultados recentes e pelas ausências que fragilizaram ainda mais a equipa de Silas. Apesar de (ainda) continuar a ter Bruno Fernandes — o capitão não fugiu à mediocridade da exibição leonina —, o técnico “verde e branco” teve que construir o “onze” sem três dos mais importantes trunfos (Mathieu, Acuña e Vietto) e Bolasie.

Com buracos para tapar em todos os sectores, Silas não surpreendeu na defesa (entraram Neto e Borja), nem no meio-campo, formado pelo trio Doumbia-Wendel-Bruno Fernandes, mas no ataque Rafael Camacho e Luiz Phellype tiveram a inesperada companhia de Jesé. O espanhol não era titular desde o início de Dezembro e manteve o (mau) nível habitual desde que chegou a Portugal.

No melhor momento da época (seis jogos sem derrotas), o Marítimo entrou em Alvalade com o mesmo “onze” que tinha empatado em Famalicão. José Gomes tinha afirmado, na antevisão, que sentia os seus jogadores com “mais confiança”, mas frente a uma equipa a jogar “sob brasas”, os madeirenses nunca tiveram motivos para grandes inseguranças.

O jogo começou como acabou: com um futebol de má qualidade. Sem jogadas com princípio, meio e fim, a primeira notícia do jogo foi a lesão de Luiz Phellype. Em cima do décimo minuto, o brasileiro apoiou mal a perna e teve que abandonar o relvado, aparentemente com uma lesão no joelho. Com a lesão do “29”, avançou o “90”. Poucos dias depois de chegar a Alvalade, Andraz Sporar estreou-se no ataque “leonino”, acabando por estar ligado a um dos lances mais polémicos da partida.

Antes disso, aos 17’, o internacional esloveno esteve na primeira boa oportunidade do Sporting: boa defesa de Amir. No minuto seguinte, Coates mostrou dotes acrobáticos, mas o golo artístico do uruguaio não foi validado por fora-de-jogo.

Sem que o Sporting conseguisse causar danos na defesa maritimista, os madeirenses foram ganhando confiança e, antes do intervalo, Rodrigo Pinho esteve perto de marcar, mas, com muita competência, Maximiano manteve tudo a zero.

Com números equilibrados ao intervalo, o início da segunda parte parecia trazer boas novidades para Silas. Aos 54’, após um cruzamento de Borja, Amir candidatou-se a um dos “frangos” do ano, mas o golo seria anulado a Camacho, por falta de Sporar, que terá empurrado um central dos madeirenses.

A mediocridade sportinguista levou Silas a arriscar (Plata e Jovane no lugar de Jesé e Doumbia) e, já no último quarto de hora, o técnico respirou de alívio: de regresso à equipa após uma ausência de quatro meses, Jovane cruzou e Borja, ao segundo poste, emendou para o fundo da baliza. Sem convencer, o Sporting garantia o objectivo e o regresso ao terceiro lugar.

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