Billie Eilish vence cinco das principais categorias dos Grammy

A cerimónia serviu também para lembrar a vida e carreira de Kobe Bryant, que morreu horas antes do arranque dos Grammys num acidente de helicóptero.

Foto
Billie Eilish e o irmão Finneas LUSA/DAVID SWANSON

Com apenas 18 anos, com a sua pop audaciosa e iconoclasta e o seu universo sombrio, a cantora americana Billie Eilish venceu cinco categorias dos Prémios Grammy: Álbum do Ano e Melhor Álbum de Pop (When We All Fall Asleep, Where do We Go?), Melhor Gravação do Ano e Melhor Canção do Ano (Bad Guy) e ainda Artista Revelação. A cantora, que subiu quatro vezes seguidas, este domingo, ao palco do Staples Center de Los Angeles, bateu o recorde do mais jovem vencedor de sempre nas várias categorias. Também o seu irmão Finneas, que produziu When We All Fall Asleep, Where do We Go?, venceu na categoria Produtor do Ano (Não clássico).

Quando foi premiada como Artista Revelação, após também ganhar a Canção do Ano com Bad Guy, Eilish dedicou a distinção aos seus fãs. “São duas! Isto é uma loucura”, exclamou a cantora, incrédula, para segundos depois ganhar noutras duas categorias, uma delas a de Álbum do Ano.

Os Grammys agora conquistados por Billie Eilish vêm confirmar a carreira ascendente de uma intérprete que a revista especializada Billboard tinha já considerado em 2019 a Artista do Ano – e que, com o seu irmão Finneas, avança a AFP, escreveu o tema oficial do próximo filme da saga James Bond, No Time To Die.

Lizzo num branco Versace ETIENNE LAURENT/EPA
Billie Eilish, com uma proposta com o selo Gucci (unhas verdes incluídas) MIKE BLAKE/REUTERS
Joy Villa também levou aos Grammy o impeachment de Donald Trump ETIENNE LAURENT/EPA
James Blake e Jameela Jamil protagonizaram um dos momentos mais divertidos do tapete vermelho. Jameela veste um Dennis Basso MIKE BLAKE/REUTERS
Ricky Rebel levou uma mensagem a fazer alusão ao processo de impeachment de Donald Trump MIKE BLAKE/REUTERS
A canadiana Jessie Reyez não passou despercebida MIKE BLAKE/REUTERS
Joy Villa ETIENNE LAURENT/EPA
Gwen Stefan apresentou-se com um Dolce & Gabbana, repleto de conchas, ao lado de Blake Shelton MIKE BLAKE/REUTERS
Zac Posen vestiu Ariana Grande de Cinderela a caminho do baile MIKE BLAKE/REUTERS
Ariana Grande MIKE BLAKE/REUTERS
Megan Pormer e uma mensagem política contra a guerra com o Irão ETIENNE LAURENT/EPA
Billy Porter num Sam Ratelle MIKE BLAKE/REUTERS
Para o chapéu, de cortina mecanizada, Billy Porter e Ratelle contaram com a ajuda do designer Scott Studenberg MIKE BLAKE/REUTERS
Adrienne Warren MIKE BLAKE/REUTERS
Chris Brown desfilou na passadeira vermelha com a filha MIKE BLAKE/REUTERS
Dan + Shay MIKE BLAKE/REUTERS
Esperanza Spalding MIKE BLAKE/REUTERS
Lewis Capaldi, num estilo informal ETIENNE LAURENT/EPA
Iggy Pop MIKE BLAKE/REUTERS
Ozzy Osbourne com a filha Kelly, dias depois de o "príncipe das trevas" ter revelado sofrer de uma forma da doença de Parkinson MIKE BLAKE/REUTERS
Bonnie Rait actuou durante a cerimónia MIKE BLAKE/REUTERS
NAO foi nomeada pelo álbum Saturn MIKE BLAKE/REUTERS
Bebe Rexha MIKE BLAKE/REUTERS
Doctur Dot e Johnny Venus ETIENNE LAURENT/EPA
Shawn Mendes esbanjou charme - sem Camila Cabello ao seu lado MIKE BLAKE/REUTERS
Nick Jonas e Priyanka Chopra ETIENNE LAURENT/EPA
O grupo Little Big Town em criações Dolce & Gabbana MIKE BLAKE/REUTERS
Lil Nas X num fato a lembrar o Faroeste, em rosa integral MIKE BLAKE/REUTERS
H.E.R. MIKE BLAKE/REUTERS
Camila Cabello MIKE BLAKE/REUTERS
Fotogaleria
Lizzo num branco Versace ETIENNE LAURENT/EPA

Mas as verdadeiras estrelas, inesperadas, da cerimónia dos 62.º Grammys foram Kobe Bryant (1978-2020) e Nipsey Hussle (1985-2019). A festa aconteceu poucas horas depois de se ter tornada conhecida a morte do basquetebolista de 41 anos que jogou pelos LA Lakers, num acidente de helicóptero que vitimou também a sua filha Gianna e sete outros passageiros. “Estamos todos incrivelmente tristes hoje”, disse a apresentadora Alicia Keys, numa altura em que os números das camisolas que Bryant vestiu iluminavam a sala. “Estamos aqui de coração partido numa casa que Kobe Bryant construiu.”

As homenagens a Bryant multiplicaram-se ao longo da cerimónia — como a camisola que Lil Nas X usou como adereço durante a performance de Old Town Road (Grammy de Melhor Videoclip, com Billy Ray Cyrus)​.

Mais tarde, os colaboradores e amigos do também recentemente desaparecido rapper Hussle, incluindo DJ Khaled, John Legend, Meek Mill, Kirk Franklin, Roddy Ricch e YG, recordaram o artista assassinado em Março passado, a quem foi atribuído, de forma póstuma, o primeiro Grammy.

Já a rapper e actriz Lizzo, que abriu o evento no Staples Center, ganhou três prémios: Melhor Performance Solo de Pop (Truth hurts), Melhor Álbum Urbano Contemporâneo (Cuz I Love You) e Melhor Performance Tradicional de R&B (Jerome).

Lizzo estava entre os artistas que alcançaram o objectivo de ganhar o seu primeiro Grammy. Entre este lote, contam-se também nomes como Tanya Tucker (Melhor Álbum Country, com While I’m Livin’), J. Cole e 21 Savage (Melhor Canção de Rap pela música A Lot), DJ Khaled (Melhor Performance de Rap, com Higher), Lil Nas X e Billy Ray Cyrus (Melhor Dueto Pop pela reinvenção de Old Town Road), Michelle Obama (Melhor Álbum Falado), Sara Bareilles (Performance de Raízes Americanas), Rosalía (Melhor Álbum Latino, Urbano ou Alternativo por El Mal Querer), e Tyler, the Creator (Melhor Álbum Rap por Igor).

Entre a vasta lista de premiados, estiveram ainda Lady Gaga, com dois prémios para a banda sonora do filme Assim Nasce uma Estrela, e Beyoncé, distinguida pelo documentário musical Homecoming, realizado por Steve Pamon.

Sugerir correcção
Comentar