Sp. Braga tenta levantar em casa o troféu que falta ao FC Porto

Na última final da Taça da Liga disputada no Municipal de Braga, reedita-se o embate de 2012-13. Para os “dragões” será a quarta tentativa de conquistarem uma competição que ainda não têm no palmarés.

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LUSA/FERNANDO VELUDO

Rúben Amorim tem um historial perfeito quando se trata de finais da Taça da Liga: três disputadas, todas enquanto jogador, e três troféus conquistados. Sérgio Conceição chega hoje, pela segunda vez, ao encontro decisivo, novamente enquanto treinador, e continua à procura de uma vitória na competição. Mais do que os técnicos, porém, o que está em causa esta noite (19h45, SPTV) é um Sp. Braga-FC Porto, uma reedição do embate de 2012-13 e a quarta oportunidade para os “dragões” arrecadarem o único troféu nacional que lhes falta no museu.

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Há uma componente simbólica que joga “a favor” do Sp. Braga naquela que é a 13.ª final da competição. Atendendo ao contrato que agora chega ao fim, firmado entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e a Câmara Municipal de Braga, esta será a última vez que a final four se disputa na cidade, numa espécie de factor casa mitigado por uma distribuição equilibrada dos bilhetes. Pode não ser uma vantagem directa, mas será um motivo de conforto extra.

O principal motor da confiança bracarense, porém, deriva da sequência perfeita de resultados que a equipa tem registado desde que Rúben Amorim assumiu o comando técnico e que inclui um invulgar (e muito recente) triunfo no Estádio do Dragão (1-2). É certo que essa vitória em nada interferirá neste jogo, mas é pelo menos um sinal de que se apostou no caminho certo.

“Esse jogo não vai influenciar em nada. Se pensássemos assim era o princípio da derrota. À semelhança do jogo anterior [com o Sporting], nunca iremos entrar favoritos, não temos essa mentalidade nem nos vamos colocar em ‘bicos de pés’. Podemos, sim, partilhar o favoritismo com o FC Porto, uma equipa fortíssima, com jogadores que podem decidir a qualquer momento e muito bem orientada”, assinalou Micael Sequeira, adjunto dos minhotos, em conferência de imprensa.

A primeira derrota caseira do FC Porto na Liga, de resto, também não levou Sérgio Conceição a pôr em causa o seu ideário, até porque os dois penáltis desperdiçados deram um tom atípico ao jogo da 17.ª jornada. E a verdade é que o ascendente dos “dragões” sobre o adversário, mesmo em Braga, tem sido esmagador: nas últimas 20 visitas, ganharam 11 e só perderam quatro.

“Os jogos são todos finais para nós, sejam os que definem títulos ou os de campeonato. Estamos habituados a este tipo de pressão, faz parte do andamento normal de um clube grande que vive de títulos”, vincou Conceição, que já deverá poder contar com o médio Danilo (foi poupado por precaução diante do V. Guimarães) mas continua sem Pepe, Nakajima e Zé Luís.

Há sete anos, em Coimbra, o avançado cabo-verdiano ainda ajudou o Sp. Braga a ganhar o troféu, à custa de um FC Porto que já o deixou fugir também para o Benfica (2009-10) e para o Sporting (2018-19). Agora, assistirá de fora ao 156.º encontro entre duas equipas habituadas a lidar com momentos de decisão.

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