Épico Kyrgios no caminho de Nadal

O tenista australiano precisou de mais de quatro horas para assegurar o seu lugar nos oitavos-de-final do Open da Austrália.

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Nick Kyrgios após vencer o seu encontro contra Khachanov Reuters/Kim Hong-Ji

Nick Kyrgios tem pedido à organização do Open da Austrália para jogar na Melbourne Arena. Não é o primeiro, nem o segundo maior court de Melbourne Park, mas é onde o apoio dos 7,5 mil adeptos se faz mais sentir e é onde o tenista australiano continua a ganhar encontros. Neste sábado, somou a terceira vitória aí, após quatro horas e meia de intensa luta com Karen Khachanov, 17.º mundial, e marcou encontro com Rafael Nadal, nos oitavos-de-final.

Kyrgios (26.º) certamente que gostaria de ir defrontar o líder do ranking com uma maior disponibilidade física, mas não aproveitou match-points, um em cada tie-break dos terceiro e quarto sets. E só duas horas depois da primeira oportunidade de fechar o encontro e após somar 97 winners (dos quais 33 ases), é que o melhor australiano no quadro masculino pôde celebrar a vitória no mais longo encontro da sua carreira, concluído com os parciais de 6-2, 7-6 (7/5), 6-7 (6/8), 6-7 (7/9) e 7-6 (10/8).

“Isto não seria possível sem a minha equipa, vocês são incríveis. Estava a ceder mentalmente, porque não foi fácil perder aqueles sets”, admitiu emocionado. “Não tinha uma sensação assim desde há quatro ou cinco anos. É, certamente, uma das melhores vitórias da minha carreira.”

Kyrgios pode orgulhar-se de, aos 24 anos, já ter ganho três dos sete duelos com Nadal; venceu o primeiro, em 2014, em Wimbledon, e perdeu o último, no ano passado, no mesmo local. O espanhol confirmou a excelente forma com mais uma vitória de rotina, sobre o compatriota Pablo Carreño Busta (30.º), por 6-1, 6-2 e 6-4.

Os “oitavos” da parte superior do quadro ficam completos com os seguintes embates entre jogadores do top-20: Dominic Thiem-Gael Monfils, Daniil Medvedev-Stan Wawrinka e Alexander Zverev-Andrey Rublev.

O quadro feminino ficou com menos três top-10. Karolina Pliskova (2.ª), Elina Svitolina (5.ª) e Belinda Bencic (6.ª) estiveram em “dia não” e exibiram-se muito aquém do esperado.

Garbiñe Muguruza (32.ª), campeã em Roland Garros, em 2016, e em Wimbledon, no ano seguinte, vem de uma época modesta que a deixou de fora das 32 cabeças de série, mas depois de, na pré-época, ter subido o Monte Kilimanjaro, o mais alto de África, entrou em 2020 com confiança e dominou Svitolina, por 6-1, 6-2.

A também experiente Anastasia Pavlyuchenkova assinou 57 winners para derrotar, por 7-6 (7/4), 7-6 (7/3), a checa Pliskova – a melhor tenista do mundo que ainda não conquistou um título no Grand Slam.

Expedita foi a vitória de Anett Kontaveit (31.ª) sobre Bencic: 6-0, 6-1, em 48 minutos.

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