Pescado vendido em lota atinge “valor histórico” de 212,3 milhões de euros em 2019

Empresa que gere as lotas e os portos portugueses avança que o peixe transaccionado atingiu “o valor mais elevado desde que existem registos”. As espécies mais vendidas foram o polvo-vulgar, a sardinha, o carapau, o biqueirão e a cavala.

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Praia de Lagos. As lotas localizadas no Algarve foram as que registaram o maior crescimento de vendas Rui Gaudencio

O valor do pescado transaccionado nas lotas e postos de Portugal continental, sob gestão da Docapesca, atingiu o “valor histórico” de 212,3 milhões de euros em 2019, mais 3,3% face a 2018, revelou esta quarta-feira a empresa.

Segundo dados divulgados pela Docapesca, que gere as lotas e os portos portugueses, o pescado transaccionado atingiu “o valor mais elevado desde que existem registos estatísticos sistematizados”, crescendo 3,3% face a 2018, ano em que o valor alcançado se cifrou em 205,5 milhões de euros.

A quantidade de pescado vendido também passa de 99,7 mil toneladas em 2018 para 112,6 mil toneladas em 2019, correspondendo a um aumento de 12,7%, lê-se numa nota enviada pela empresa tutelada pelo Ministério do Mar.

Já as lotas localizadas no Algarve foram as que registaram, em 2019, o maior crescimento a nível nacional da quantidade de pescado transaccionado, passando de 11,9 para 20,5 toneladas, o que se reflectiu também no aumento do valor das vendas.

Nas lotas do distrito de Faro o valor das vendas evoluiu de 46,1 para 53,1 milhões de euros, com destaque para a lota de Vila Real de Santo António, que vendeu no ano passado o equivalente a 14 milhões de euros, seguida de Portimão (nove milhões), Quarteira (8,9 milhões) e Olhão (8,2 milhões). Relativamente à quantidade de pescado transaccionado, a lota de Quarteira atingiu as 6,6 toneladas (um aumento de 147,3% face ao ano anterior), seguida de Portimão (5,1 toneladas), Olhão (4,7 toneladas), Sagres e Vila Real de Santo António (ambas com 1,3 toneladas).

A nível nacional, as espécies mais relevantes em valor de vendas foram o polvo-vulgar, a sardinha, o carapau, o biqueirão e a cavala, refere a Docapesca.

O ano de 2019 ficou ainda marcado pela extensão da certificação do sistema de gestão da segurança alimentar às lotas de Viana do Castelo, Aveiro e Vila Real de Santo António, totalizando sete estabelecimentos certificados. Este processo irá ser reforçado com vista à certificação de um total de dez lotas em 2020, prevê a empresa.

A Docapesca tem a seu cargo, no continente, o serviço da primeira venda de pescado e o apoio ao sector da pesca e respectivos portos, dispondo de 22 lotas e 37 postos.

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