FC Porto desperta a tempo da final do ajuste de contas

V. Guimarães colocou-se na frente do marcador através de um penálti, mas os “dragões” responderam de imediato e conseguiram a reviravolta.

Foto
LUSA/JOSE COELHO

O FC Porto superou, numa noite que valeu pela ponta final empolgante a compensar uma hora de equívocos — com direito a reviravolta e a duas intervenções do VAR — um V. Guimarães (1-2) que esteve na iminência de prolongar a maldição portista. No entanto, graças a uma vitória sofrida, Sérgio Conceição garantiu a segunda final consecutiva na Taça da Liga, que colocará os portistas, no sábado, de novo frente ao Sp. Braga. Uma dupla oportunidade para vingar a recente derrota do Dragão, para a Liga, e a final de 2012-13, em que os minhotos bateram o FC Porto, garantindo o troféu que os portistas continuam à espera de vencer. 

Com Corona de regresso à lateral, mas sempre disponível para subir no apoio a Marega e Soares (a quem serviu o golo da vitória), o FC Porto apresentou-se — apesar da rotação de guarda-redes e da inclusão de Sérgio Oliveira na linha média — com um “onze” muito próximo do habitual, enquanto Ivo Vieira manteve a aposta em André André, trocando apenas uma unidade atacante (Rochinha por Davidson) relativamente às escolhas para o jogo anterior.

Apesar de ter controlado praticamente desde o início, o FC Porto revelava evidentes problemas para ligar o jogo, com as raras oportunidades criadas a serem anuladas pelo guarda-redes Douglas, que defendeu dois remates de Marega e um cabeceamento de Mbemba nos primeiros 45 minutos. Os minhotos aproveitavam alguns erros na construção de jogo dos “dragões”, mas só por uma vez estiveram perto de marcar, precisamente no último minuto da primeira parte, com Davidson a rematar de primeira, em arco, mas por cima da baliza de Diogo Costa. O brasileiro, de resto, já tinha tido um choque com o jovem guarda-redes, que escorregou na saída da baliza, em lance precedido de fora-de- jogo.

Sem motivos de orgulho pela qualidade do futebol apresentado, as equipas regressaram empenhadas em mostrar algo capaz de arrebatar a plateia, embora o FC Porto persistisse nos sucessivos erros a meio-campo e o Vitória, ainda que mais atrevido, não fosse capaz de perturbar Diogo Costa. O momento de viragem acabaria por surgir na sequência de uma decisão polémica de Jorge Sousa, a sancionar falta de Soares sobre Bonatini na área portista. O portista demorou a aliviar a bola e Bonatini surgiu a meter o pé e a cair, dando a sensação de ter sido pontapeado. Sem imagens conclusivas, o VAR acabou por manter a decisão do árbitro e Tapsoba aproveitou para colocar o V. Guimarães em vantagem. 

Por pouco tempo. Na resposta, o FC Porto — ferido no orgulho — repôs a igualdade num remate colocado de Alex Telles, de fora da área. Desta feita, Douglas não teve possibilidade de evitar o golo portista, cujo efeito acabaria por ser demolidor para as aspirações vitorianas.

A atravessar o melhor momento da época em termos de finalização, Soares corrigiu a situação que criara e que originou o penálti, marcando pelo nono jogo consecutivo como titular e colocando pela primeira vez o FC Porto no comando do marcador, na iminência de garantir a passagem pelo segundo ano seguido à final da competição. 

Mas a história da segunda meia-final da final four ainda não estava completa e o melhor, em termos de emoção, ficou reservado para o fim. Já com João Pedro em campo, o avançado que salvara o Vitória nos instantes finais do embate com o Santa Clara, os anfitriões marcaram no último minuto de compensação. Isto depois de Mbemba ter salvado a pele ao “dragão”. Mas o toque na mão de Diogo Costa, detectado pelo VAR, despiu a João Pedro a capa de herói e entregou a final ao FC Porto. 

Sugerir correcção
Comentar