Governo recebe Liga na segunda-feira para discutir violência no futebol

Reunião foi pedida por Pedro Proença após derby entre Sporting e Benfica. Tochas arremessadas pelos adeptos “leoninos” interromperam jogo durante cinco minutos.

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Arremesso de artefactos pirotécnicos para o terreno de jogo repetiu-se nas últimas semanas LUSA/MIGUEL A. LOPES

O Governo, através das áreas governativas da Administração Interna e do Desporto, vai receber a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) na segunda-feira, dia 27 de Janeiro, às 11h30, disse esta segunda-feira à Lusa fonte oficial do Ministério da Administração Interna (MAI).

O agendamento da reunião ocorre três dias depois de a Liga ter solicitado uma reunião de urgência ao ministro da Administração Interna, na sequência dos incidentes ocorridos no derby entre Sporting e Benfica, na sexta-feira, da 17.ª jornada da I Liga, que os “encarnados” venceram por 2-0. De acordo com a mesma fonte ministerial, a reunião só não ocorre durante a presente semana por impossibilidade da LPFP.

O organismo responsável pelas competições profissionais de futebol em Portugal solicitou este encontro depois de o derby ter estado interrompido durante mais de cinco minutos, no início da segunda parte, devido ao arremesso de artefactos pirotécnicos para o relvado por adeptos dos “leões”.

“Face aos últimos acontecimentos relacionados com os artefactos de pirotecnia que têm deflagrado nos estádios, com efectivo impacto no decorrer do jogo, e colocando, em muitas situações, em causa a integridade física e a segurança de adeptos de todas as idades, o futebol não vai ficar refém de um conjunto de pessoas que, sem rosto, mancham o nome dos clubes e dos seus fiéis e reais adeptos”, acrescentou a Liga.

No mesmo comunicado, a LPFP exigiu “que as revistas feitas aos adeptos na entrada para os estádios sejam mais rigorosas e eficazes, de forma a acabar, definitivamente, com a entrada de objectos perigosos e proibidos nos recintos desportivos”.

“Neste desiderato, o presidente da Liga, Pedro Proença, enviou, já no decorrer da presente semana, uma comunicação ao ministro da Administração Interna [Eduardo Cabrita], solicitando, com carácter de urgência, uma reunião para analisar a situação e encontrar medidas eficazes para combater este flagelo”, finalizava o comunicado da LPFP.

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