Sp. Braga vence um Sporting diminuído e garante final da Taça da Liga

O golo da vitória chegou aos 90’, com um cabeceamento de Paulinho, numa altura em que Silas já preparava a entrada do guarda-redes Renan, para defender a baliza no desempate por penáltis.

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Jogadores do Sp. Braga festejam um dos golos sobre o Sporting LUSA/HUGO DELGADO
Bruno Fernandes e Fransérgio em acção em Braga
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Bruno Fernandes e Fransérgio em acção em Braga LUSA/HUGO DELGADO
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Momento do jogo entre o Sp. Braga e o Sporting LUSA/ESTELA SILVA
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Mathieu celebra o golo do empate LUSA/HUGO DELGADO
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Momento do jogo entre o Sp. Braga e o Sporting LUSA/HUGO DELGADO

O Sp. Braga é o primeiro finalista da Taça da Liga. A equipa minhota venceu o Sporting, por 2-1, num jogo em que a equipa “leonina” esteve diminuída. Em vários sentidos. Diminuída pela pressão asfixiante do Sp. Braga, diminuída por Bolasie, que foi expulso, e diminuída por si própria, com a postura demasiado subjugada na última meia hora. E pagou caro tudo isto, sofrendo, aos 90’, o golo que lhe tira a possibilidade de defender o título na competição. O Sp. Braga, por outro lado, regressa à final da Taça da Liga, num jogo em que o treinador, Rúben Amorim, chegou ao quarto triunfo em quatro jogos, dois deles frente a FC Porto e Sporting.

E é importante falar do técnico dos minhotos, que teve um papel estratégico no jogo. Amorim pareceu ter pedido ainda mais adiantamento à equipa do que tinha feito nos últimos jogos, possivelmente por ver que, com Battaglia, Doumbia e Wendel, a primeira fase de construção do Sporting estaria refém de Bruno Fernandes, desta feita mais adiantado no terreno e colocado na faixa. Assim, a primeira parte mostrou um Sp. Braga asfixiante na forma como ocupou o espaço ofensivo.

O Sporting teve dificuldades claras para sair da zona defensiva com a bola controlada, fruto da pressão alta dos jogadores minhotos, que chegaram a estar com 10 jogadores no meio-campo “leonino”. E foi quase sempre esta a base do perigo criado pelo Sp. Braga: bolas recuperadas em zonas ofensivas e o Sporting reduzido a cerca de 30 metros de terreno.

Pressão deu golo

O Sporting demorou a adaptar-se a esta pressão tão alta, mantendo os seus padrões de saída de bola, e foi desta forma que, aos oito minutos, a linha defensiva minhota recuperou uma bola em zona ofensiva e deixou Ricardo Horta com espaço na direita. O extremo, mesmo de pé esquerdo, fez o que melhor costuma fazer: mais do que um criador, é um jogador tremendo na definição das jogadas.

Aos 11’ e 12’ o Sp. Braga voltou a recuperar bolas em zona ofensiva – desta feita sem criar perigo – e o Sporting acabou por mudar a forma como jogava. A bola começou a ser colocada de forma mais rápida e directa, saltando a primeira fase de construção, e os “leões” exploraram o adiantamento excessivo dos minhotos, que começaram a sentir a diferença entre ter Palhinha (ausente) ou ter Novais na posição 6. Foi assim que Camacho, aos 30’, e Wendel, aos 34’ e 39’, protagonizaram boas transições do Sporting. Faltou, quase sempre, que Luiz Phellype desse mais soluções em apoios frontais ou laterais – uma passividade já habitual no brasileiro, demonstrada num lance de perigo aos 43’, quando foi Bruno Fernandes a amortecer no peito, entre os centrais, fazendo o trabalho do avançado.

Aos 44’, o Sporting percebeu de que forma sentirá falta de Bruno Fernandes, caso se confirme a transferência para o Manchester United. Forte a ler o jogo, sempre concentrado e capaz no passe, o português bateu rapidamente um livre e, com toda a equipa do Sp. Braga “a dormir”, Mathieu surgiu isolado, finalizando na cara de Matheus.

O descontrolo de Mathieu

A segunda parte trouxe um jogo mais “morno” e um Sp. Braga apostado, essencialmente, nas “aventuras” de Galeno, que mostrou que é o oposto de Ricardo Horta: mais forte do que o português a criar e “inventar”, mas bastante mais fraco a definir. E falhou boas oportunidades aos 64’ e 83’, além da já falhada aos 36’.

Com a expulsão de Bolasie, aos 61’, o Sporting voltou a estar subjugado como nos primeiros minutos. A equipa recuou demasiado e não mais conseguiu “esticar o jogo" e sair com qualidade, remetendo-se à própria área.

Aos 90’, numa fase em que Silas já estava a preparar a entrada de Renan, especificamente para defender a baliza no desempate por penáltis, chegou o golo decisivo. Cruzamento largo de Esgaio, Raúl Silva cabeceou ao segundo poste e Paulinho, também de cabeça, finalizou nas costas de Mathieu, que calculou mal o tempo de salto à bola. O francês ainda foi expulso aos 93’, num momento de descontrolo, e o jogo terminou com muita confusão e muitas expulsões nos bancos, sem que o Sporting tentasse o empate.

O desfecho é justo pelo domínio dos minhotos e penaliza um Sporting pouco capaz de criar perigo e sair das amarras montadas por Rúben Amorim neste novo Sp. Braga.

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