Tancos: principal suspeito do roubo pode sair em liberdade já esta semana

Advogado descarta possibilidade de justiça manter João Paulino em prisão preventiva por causa do caso do furto das pistolas Glock da sede da PSP, processo em que ex-fuzileiro também é arguido.

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Rui Gaudencio

Chegou ao fim o prazo máximo de prisão preventiva de João Paulino, acusado de ter liderado o furto de armamento militar de Tancos. Pelas contas do seu advogado, Melo Alves, o arguido ficará em liberdade no final desta semana, ou, o mais tardar, no início da próxima.

O defensor do alegado cabecilha do roubo descarta a possibilidade de o seu cliente continuar preso preventivamente pelo facto de ser arguido num outro processo, relacionado com o furto de pistolas Glock da sede nacional da PSP, em Lisboa, uma vez que neste caso apenas lhe foi decretada como medida de coacção o termo de identidade e residência.

“Em 2007 foi feita uma alteração legislativa para impedir que os arguidos andassem a saltitar de prisão preventiva em prisão preventiva”, explica Melo Alves, adiantando que a partir do momento em que foram marcadas as datas para a instrução do processo de Tancos, a decorrer no Tribunal de Monsanto e dirigida pelo juiz Carlos Alexandre, que ficou claro que o ex-fuzileiro seria libertado nesta fase.

João Paulino está em prisão preventiva desde Setembro de 2018, nunca tendo contado às autoridades o que se passou. Terá novamente oportunidade de o fazer esta semana, quando for ouvido por Carlos Alexandre nesta quarta-feira. Melo Alves tem dito que ainda não decidiu se o fará ou não, e também que o ex-fuzileiro negociou a devolução das armas, que apareceram num terreno da Chamusca, ao mais alto nível: “O meu cliente negociou com as instituições portuguesas através de quem as representava, ao mais alto nível”, afirmou o defensor de João Paulino este mês. Antes disso já tinha instado o Estado português a honrar o compromisso firmado com o seu cliente.

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