As noites de terror (e algumas de amor) da Polícia Marítima portuguesa no mar Egeu

Na ilha Samos, o território grego mais próximo da costa da Turquia, uma força da Polícia Marítima portuguesa patrulha o mar em operações de busca e salvamento. Foram milhares os migrantes resgatados das águas do mar Egeu (mais 12 mil desde 2014). Mas nem todas as missões têm um final feliz. Integrada na Operação Poseidon da agência Frontex, esta força da PM regressa agora a Lesbos, onde opera há mais tempo.

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São 21h de segunda-feira, 12 de Janeiro, estão 8 graus em Samos. O céu está estrelado, a lua parece uma bola de râguebi gigante a iluminar a cidade de Vathy, que se mira em silêncio num plácido mar Egeu. Os agentes da Polícia Marítima em missão nesta ilha grega ao serviço da Agência Europeia Frontex chegaram há pouco aos seus postos de trabalho. Três embarcaram no Tubarão, a lancha rápida que percorre as águas em busca de migrantes; dois subiram a encosta por detrás da vila de Kerveli com a Viatura de Vigilância Costeira (VVC), instalaram a câmara térmica Sophie a 500 metros de altitude e é com ela, com a FLIR (câmara de infra-vermelhos) e com o radar instalado na VVC que varrem a sua zona de vigilância à procura de náufragos que depois a embarcação mais próxima irá resgatar. Será assim nas próximas sete horas, até às quatro da madrugada, pelo menos.

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