Um roteiro pela arquitectura para celebrar os 172 anos de Viana do Castelo

Viana do Castelo é cidade há 172 anos — e a data merece celebração. A partir de 20 de Janeiro, há uma exposição sobre a história da arquitectura que a marcou. O roteiro inclui 12 obras de 12 arquitectos e propõe uma viagem de 100 anos — sem sair da capital do Alto Minho.

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Paulo Pimenta

São 12 obras de 12 arquitectos e retratam mais de 100 anos da história da arquitectura na capital do Alto Minho. O antigo mercado de Viana do Castelo, desenhado por Magalhães Moutinho, que foi demolido para dar lugar ao prédio Coutinho, é uma das obras que integram o roteiro da arquitectura local, numa exposição a inaugurar na segunda-feira, 20 de Janeiro.

“Esperamos que, neste autêntico roteiro pela arquitectura de Viana do Castelo, se descubra a vontade de ver, conhecer ou redescobrir algumas das jóias da nossa cidade, muitas delas ainda sem reconhecimento, mas que são fruto de uma época, de uma história e de um traço que estes e outros arquitectos deixaram para a posteridade”, sublinha o presidente da Câmara, José Maria Costa.

Além do antigo mercado, que funcionou desde 1892 até 1965, também o teatro Sá de Miranda, de José Geraldo Sardinha, inaugurado em 1885, ou o templo de Santa Luzia, situado no monte com o mesmo nome, sobranceiro à cidade, com traço de Ventura Terra e cuja construção decorreu entre 1904 e 1959, fazem parte da mostra Arquitectura em Viana do Castelo — 12 Arquitectos notáveis, integrada nos 172 anos de elevação de Viana do Castelo a cidade.

A mostra, que propõe uma viagem com mais de cem anos pelas obras que 12 arquitectos (já falecidos) deixaram na cidade, vai ser inaugurada às 17h, nos Antigos Paços do Concelho, na Praça da República. A exposição divide-se em duas áreas: uma onde se espalham 12 painéis dos 12 arquitectos; e outra que integra uma mesa, com dois metros de largura por cinco de comprimento, onde de pode acompanhar, através do mapa da cidade, o roteiro dos monumentos e edifícios em causa.

A praça da Liberdade, junto ao rio Lima, projectada por Fernando Távora (1923-2005), cidadão de Honra de Viana do Castelo, e o estádio municipal Manuela Machado, de Henrique de Carvalho (1950 - 2002), são outros projectos que fazem parte da mostra.

De Viana de Lima (1913 - 1991), além do anteprojecto do hospital distrital, nos anos sessenta do século XX, que não chegou a concluir, destaca-se ainda reabilitação da Praça da República, em 1985.

O Café Girassol, no jardim marginal, de Francisco Passos (1895 - 1952), ou o hospital distrital (1970-1980), hoje designado de Unidade Local de Saúde do Alto Minho, que entrou em funcionamento em 1983 e foi inaugurado a 6 de Janeiro de 1984, de Chorão Ramalho (1914 - 2002), também integram o roteiro arquitectónico traçado pelo município.

“Esta opção surge da constatação de que, na paisagem urbana, a arquitectura é uma forma de arte que torna único o nosso centro histórico. Foram, assim, escolhidos para serem apresentados nesta exposição 12 arquitectos de Viana do Castelo ou com ligação a Viana do Castelo e à sua história arquitectónica, numa homenagem ao trabalho e à obra que nos deixaram”, refere o autarca da cidade no catálogo a distribuir aos visitantes.

Além da mostra, as comemorações do 172.º aniversário da elevação de Viana do Castelo a cidade incluem também a atribuição de 24 títulos honoríficos a personalidades e instituições que marcaram a vida da cidade e do concelho. A ex-ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, vai ser distinguida com o título de Cidadã Honorária da cidade, numa sessão que decorrerá no dia 20 de Janeiro, às 18 horas, no teatro municipal Sá de Miranda.

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