Sete pessoas em prisão preventiva após operação para desmantelar tráfico de droga

Depois da apreensão de 107 fardos de haxixe em flagrante delito — que resultou na detenção de cinco pessoas —, foram feitas buscas e detidas outras duas pessoas.

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Haxixe MIGUEL MADEIRA/ARQUIVO

Sete pessoas detidas na semana passada no âmbito de uma operação que levou à apreensão de quase 3,5 toneladas de haxixe que eram transportadas via marítima do Norte de África para Portugal ficaram em prisão preventiva.

De acordo com informação disponível hoje na Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), cinco pessoas foram detidas na quarta-feira passada na sequência da apreensão pela Marinha de Guerra Portuguesa a bordo de um pesqueiro português, de 107 fardos de haxixe, com o peso bruto total de cerca de três toneladas e quatrocentos quilos.

Os detidos em flagrante delito, quatro portugueses e um bósnio, foram apresentados a primeiro interrogatório judicial, tendo o juiz de Instrução Criminal decidido aplicar-lhes a medida de coação de prisão preventiva”.

A PGDL informa que um dia depois da apreensão, a Polícia Judiciária (PJ) realizou várias buscas domiciliárias e não domiciliárias e deteve, fora de flagrante delito, mais duas pessoas, de nacionalidade portuguesa, que alegadamente serão os responsáveis pela aquisição da embarcação e pela logística relativa ao descarregamento do haxixe em território nacional.

Estes dois suspeitos foram presentes a primeiro interrogatório judicial, no sábado passado, tendo-lhes sido igualmente aplicada a medida coactiva de prisão preventiva.

Os sete arguidos são suspeitos da prática, em co-autoria, de um crime de tráfico de estupefacientes agravado e de um crime de associação criminosa.

As diligências foram efectuadas pela PJ com o apoio da Marinha de Guerra.

Na semana passada, a PJ adiantou em comunicado que a operação resultou de uma investigação iniciada no ano passado.

A investigação, da responsabilidade da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária, visou desmantelar esta organização, suspeita de introduzir em território nacional, por via marítima, grandes quantidades de haxixe proveniente do Norte de África, para posteriormente ser transportado, por via terrestre, para vários países europeus.

A PJ referiu que na operação, denominada Catavento e que contou com o apoio da Marinha e da Força Aérea, “foi possível localizar e depois interceptar, em pleno Oceano Atlântico, em frente ao Cabo de São Vicente, uma embarcação de pesca que a organização criminosa em causa estava a utilizar no transporte de aproximadamente 3500 kg de haxixe, que foram apreendidos juntamente com a embarcação”.

A investigação contou também com o apoio do Cuerpo Nacional de Policía de Espanha e do Maritime Analysis and Operations Centre — Narcotics (MAOC-N), com sede em Lisboa.

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