Explosão em petroquímica na Catalunha causou três mortos e sete feridos

O complexo está localizado perto dos municípios de Tarragona, Vilaseca e La Canonja. Explosão que ocorreu às 18h45 locais fez accionar alerta de emergência química.

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Duas explosões seguidas de um incêndio de grandes dimensões numa petroquímica em Tarragona, na região da Catalunha, em Espanha, causaram três mortos e feriram pelo menos sete pessoas — duas destas ficaram em estado crítico, uma em estado muito grave, e as restantes ficaram feridas apenas de forma ligeira. 

De acordo com a informação avançada inicialmente pela Protecção Civil espanhola através do Twitter, a primeira morte foi causada pelo colapso de uma casa no bairro de Tarragona, em Torreforta, que desabou devido à explosão desta terça-feira. No entanto, esta quarta-feira, foi divulgado pelo presidente da Câmara de Tarragona, Pau Ricomà, que o homem de 57 anos morreu por causa de uma placa de metal que entrou por uma janela do seu apartamento localizado a 2,5 quilómetros da petroquímica.

Um dos trabalhadores do complexo estava desaparecido, como noticiava o El País, mas foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira. Uma das pessoas que estava em estado crítico morreu esta quarta-feira no Hospital Vall d'Hebron, em Barcelona, com queimaduras em 80% do corpo​, fazendo subir assim para três o número de mortes causados pela explosão. Dois dos feridos foram admitidos no mesmo hospital em Barcelona horas depois da explosão e continuam com prognóstico muito reservado por causa de várias queimaduras.

Na terça-feira, depois da explosão, foi accionado o alerta de emergência química. A Protecção Civil informou que alguns dos feridos apresentam queimaduras graves e que não foram detectadas quaisquer substâncias tóxicas no ar. "As unidades que se deslocaram ao local informam que não detectaram a presença de substâncias tóxicas no ar nos arredores de Francolí, perto da empresa onde o acidente aconteceu. Ainda estão a ser tomadas medidas complementares e é ainda necessário ficar em casa em caso de fumo”, escreveu aquela entidade no Twitter.

Primeira vítima morreu a mais de dois quilómetros do local

Segundo os meios de comunicações espanhóis, a primeira vítima da explosão já foi identificada como sendo Sergio Millán, um homem de 59 anos residente no bairro de Torreforta, a mais de 2,5 quilómetros de um dos principais complexos petroquímicos do sul da Europa.

Como conta o El País, os inquilinos de um bloco de apartamentos localizado na praça García Lorca ouviram o chão estalar e uma das habitações do terceiro andar acabou por ruir. Sergio vivia no segundo andar e morreu preso pelos escombros que lhe entraram em casa de surpresa. Dos vizinhos chegaram relatos de “uma bola de fogo” e de um objecto enorme que entrou no bloco de apartamentos e destruiu várias paredes. 

O presidente da Câmara de Tarragona, afirmou esta quarta-feira que a “hipótese mais provável” para explicar a morte do homem de 59 anos é que parte da cobertura do reactor que explodiu voou e acabou por atingir o complexo de apartamentos. As autoridades estimam que este objecto pese cerca de uma tonelada e que tenha mais de um metro de comprimento.

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De acordo com os bombeiros, a explosão no complexo petroquímico ocorreu às 18h45 locais (17h45 em Portugal Continental), por motivos que estão a ser investigados, e foi perceptível em toda a zona situada perto da petroquímica, referiu a agência noticiosa Efe. A primeira explosão ocorreu às 18h40 e afectou um tanque de óxido de etileno, uma substância química gasosa inflamável. A segunda explosão ocorreu numa instalação externa, confirmou aos meios de comunicação espanhóis o ministro do Interior, Miquel Buch.

Também o presidente do governo regional, Quim Torra, se deslocou ao local e reforçou que a população pode ficar tranquila uma vez que não existe toxicidade no ar. No Twitter, os serviços de emergência para a região da Catalunha identificaram a explosão como um “acidente químico” e aconselharam os residentes a permanecerem em casa como medida de precaução. Através da mesma plataforma, a Protecção Civil pediu aos moradores de Salou, Vilaseca, Reus, Constantí, El Morell e La Canonja  para fecharem as janelas e as portas das suas habitações. Buch garantiu que a ordem de permanecer dentro das habitações poderá ser levantada em breve “se não foram avançados novos dados”. 

Para o local foram deslocados vinte veículos dos bombeiros da Generalitat da Catalunha e equipas de emergência. Nas primeiras horas após a explosão, os bombeiros tentaram encontrar a melhor forma de lidar com as chamas tendo em conta os materiais químicos envolvidos. Acabaram por conseguir reduziram a intensidade do incêndio no tanque de óxido de etileno que queimava por volta das 22h horas (21h em Portugal Continental) de “forma controlada”.

A Protecção Civil recebeu várias chamadas a dar conta do incêndio, que foi possível observar a vários quilómetros de distância. O complexo petroquímico está localizado perto dos municípios de Tarragona, Vilaseca e La Canonja. O El Mundo avança que a polícia local isolou a área e cortou algumas estradas de acesso ao local. A circulação de comboios entre as estações mais próximas da zona onde fica a petroquímica está também interrompida.

Os moradores das localidades próximas descrevem que viram as suas casas a tremer vigorosamente e que as portas e janelas se abriram com a força do impacto. Uma moradora de uma localidade a 12 quilómetros do sítio do acidente conta ao jornal espanhol que os vidros das janelas de sua casa também tremeram.

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