Philippe Manoury: “Sinto-me continuador de Debussy e não dos Beatles”

A obra deste discípulo de Pierre Boulez e figura maior da vanguarda da música francesa estará este ano em destaque na Casa da Música. Ao PÚBLICO, o compositor explica o sentido da sua obra, reflexo de “uma época em que a angústia do futuro está sempre presente”.

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Philippe Manoury Tomoko Hidaki

O francês Philippe Manoury (Tulle, 1952) é em 2020 o compositor em residência na Casa da Música, num ano em que a instituição volta a dedicar a sua temporada ao legado musical daquele país. Praticamente desconhecido em Portugal, Manoury é um investigador e um precursor da música electrónica ao vivo e da sua interacção com formações orquestrais, e é visto, desde a morte de Pierre Boulez (1925-2016), como um dos maiores representantes da vanguarda musical em França. Ao longo do ano, verá oito peças suas interpretadas pelas diferentes formações da Casa, a começar, já este sábado, com a estreia portuguesa da peça Fragments pour un portrait pelo Remix Ensemble; em Abril, a Orquestra Sinfónica do Porto faz a primeira audição mundial de Anticipations, uma encomenda conjunta com a Rádio da Baviera. Em entrevista ao PÚBLICO via email, o compositor explica o sentido desta obra, discute o estado da música contemporânea no seu país e no mundo e recorda os seus encontros com Emmanuel Nunes.

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