A deriva do acto de criação

Um testemunho criativo e uma leitura poética do mundo pela cineasta Teresa Villaverde.

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Teresa Villaverde põe na mesa o seu próprio acto de criação Rita Baleia

Não é muito comum o mercado editorial português apostar em livros escritos por realizadores portugueses.
À parte uma ou outra biografia, talvez o mais conhecido livro seja o fac-símile do caderno de notas de Pedro Costa para Casa de Lava. Outro exemplo, menos conhecido, é a monografia Como se fazia cinema em Portugal. Inconfidências de um ex-praticante (2007), escrito por António de Macedo. Também trabalhos fotográficos têm sido publicados, como a edição de autor de Cláudia Varejão sobre o processo de pesquisa de Ama-San, ou mesmo o livro de fotografia de António Júlio Duarte sobre a rodagem de Colo, de Teresa Villaverde (Ensaio, 2018). É bom ser surpreendido, portanto, por uma novidade editorial como Sem fiordes, caos e/ou processo criativo, da mesma Teresa Villaverde, a meio caminho entre livro de poesia e livro de aforismos – e, neste aspecto, aproxima-se de uma obra tão importante na história dos cineastas portugueses como Notas sobre o Cinematógrafo, de Robert Bresson –, que nos ajuda a compreender e destacar um certo modo de produção do cinema português, e pôr na mesa o próprio acto de criação da cineasta.

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