United Qweendom”, o reino que os ícones LBGT britânicos proclamaram

"Que ano. Que década." Um discurso que não é o da Rainha de Inglaterra, mas de outras "qweens" do Reino Unido — como Crystal Rasmussen, drag queen e pessoa não-binária; Munroe Bergdorf, modelo "trans" e activista pelos direitos de género; ou o cantor Sam Smith, que recentemente se assumiu como pessoa não-binária.

Num vídeo de pouco mais de dois minutos — realizado pela Zhang+Knight, em conjunto com a agência creativa Acne e a revista Dazed — activistas, vestidos de trajes e com referências que fazem lembrar a realeza, falam das conquistas alcançadas pela comunidade LGBTQ+ (lésbica, gay, bissexual, transexual, queer e outros) nos últimos dez anos.

Porque a revolução pode estar a acontecer e "um mundo reformulado para nos incluir a todos" está cada vez mais próximo: o designer britânico Gareth Pugh recorda a legalização do casamento homossexual na Irlanda do Norte, em Outubro último; Sam Smith ressalva a "redefinição de regras para dar espaço àqueles cuja identidade não pode ser delimitada pelas palavras 'ele' ou 'ela'" — "they", pronome singular neutro, escolhida como a palavra do ano.

Mas "ainda há muito trabalho por fazer". Falta rever a Lei de Reconhecimento de Género, falta segurança para a comunidade LGBT dos mais de 70 países onde ainda é ilegal ser homossexual e falta sarar as feridas de Birmingham, que viu, em Abril último, o desencadear uma série de protestos contra o ensino de temas relacionados com a homossexualidade. Que 2020 seja o ano do "United Qweendom", desejam. Longa vida à(s) rainha(s).