ATP Cup em estreia com um prémio chorudo

Novo torneio de selecções, distribuído por três cidades australianas, vem fazer sombra à Taça Davis.

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O australiano De Minaur durante a sessão de treinos de ontem LUSA/DARREN ENGLAND

A primeira edição da ATP Cup arranca hoje na Austrália e marca o início da época 2020 no circuito masculino. Brisbane, Perth e Sydney são as cidades que recebem as 24 selecções, que irão competir por um prémio monetário total de 13,4 milhões de euros, o maior prize-money na história do circuito ATP. Seis semanas depois da fase final da Taça Davis, organizada sob a égide da federação internacional (ITF), esta prova vem mostrar a força da ATP, mas muitos são os que propõem uma fusão entre as duas. Para já, as comparações são inevitáveis. 

A ATP Cup atraiu oito membros do top 10 — estiveram cinco nas Davis Cup Finals —, permite um maior número de encontros antes do início do Open da Austrália, a 20 de Janeiro, e, ao contrário da Taça Davis, os jogadores podem ganhar prize-money e pontos para os rankings de singulares e pares – na competição individual, o número de pontos ganhos depende da fase da prova e do ranking do adversário, podendo um tenista somar um máximo de 750 pontos (o equivalente à conquista de três ATP 250).

Em Brisbane, disputam-se os Grupos A (Sérvia, França, África do Sul e Chile) e F (Alemanha, Grécia, Canadá e Austrália), com os duelos muito aguardados entre Stefanos Tsitsipas e Denis Shapovalov e, na sessão nocturna, entre Alexander Zverev e Alex de Minaur. Em Perth, estão os Grupos B (Espanha, Japão, Geórgia e Uruguai) e D (Rússia, Itália, EUA e Noruega), com um interessante Daniil Medvedev-Fabio Fognini. E Sydney junta os Grupos C (Bélgica, Grã-Bretanha, Bulgária e Moldávia) e E (Áustria, Croácia, Argentina e Polónia). Cada embate entre selecções será composto por dois singulares e um par.

As vencedoras de cada grupo e as duas melhores de entre as equipas que ficaram no segundo lugar reúnem-se em Sydney, para apurar quem irá erguer a taça de seis quilos de prata e 50 cm de altura, representando os 24 países em competição, que suportam uma esfera de vidro, evocando uma bola de ténis.

Esta edição fica marcada também pelo donativo de 100 dólares australianos (cerca de 62 euros) contabilizado por cada ás, para apoio às vítimas e ao combate aos violentos incêndios que têm afectado a Austrália nas últimas semanas.

Portugal ficou a um lugar de qualificar-se para a ATP Cup, pelo que a estreia de João Sousa na época 2020 está marcada para o ATP 250 de Auckland, com início a 13 de Janeiro.

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