Bombeiros resgatam foca bebé com ferimentos graves em praia de Ovar

A cria está em segurança e foi levada para o Centro de Reabilitação de Ílhavo, onde ficará em recuperação durante dois meses. Este é o segundo aparecimento de focas bebés em praias portuguesas na última semana.

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BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ESMORIZ
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BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ESMORIZ

Uma foca bebé foi esta manhã resgatada com vida pelos Bombeiros Voluntários de Esmoriz na Praia de São Pedro em Maceda, em Ovar. Segundo fonte daquela corporação, o alerta foi dado por volta das 9h30 desta manhã por cidadãos que estavam perto do areal. De acordo com o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM), o animal, um macho juvenil com cerca de 20 quilos, ficou com um ferimento “bastante grave” numa das barbatanas e ficará em recuperação durante cerca de dois meses.

Para o local foram mobilizados três bombeiros que tiveram o apoio do CRAM, entidade coordenada pelo ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas), e da Polícia Marítima. Fontes dos bombeiros refere que é comum aparecerem no areal animais mortos, mas que é a primeira vez que resgatam uma cria de foca com vida.

A foca esteve durante algumas horas à guarda dos Bombeiros de Esmoriz até que fosse identificado o local mais apropriado para esta ser transportada, mas segundo aquela corporação já foi levada para as instalações do Centro de Reabilitação de Ílhavo. De acordo com o CRAM, a equipa deslocou-se e recolheu a foca com apoio dos bombeiros e levou-a para o centro Ílhavo, o centro mais próximo do local onde foi encontrada.

“Estamos a proceder ao protocolo de tratamentos normal. Ele está em quarentena e terá um período de recuperação de cerca de dois meses”, disse Marisa Ferreira à agência Lusa, adiantando que a foca será libertada “assim que atingir um determinado peso e estiver livre de qualquer doença”.

Esta já é a segunda cria de foca que aparece em praias portuguesas esta semana. Na sexta-feira, a Polícia Marítima da Nazaré resgatou uma cria de foca no areal da praia da Légua, no concelho de Alcobaça, que também se encontra entregue aos cuidados do CRAM. “É um animal que ainda não se sabe alimentar. Está bastante magro e ainda inspira bastantes cuidados”, disse à Lusa Marisa Ferreira.

Ao PÚBLICO, Marina Sequeira, bióloga do INCF,​ afirma que a situação é “perfeitamente normal” e que não é sinal de alarme. “Nesta altura do ano pode acontecer. Normalmente são animais juvenis que dispersam das zonas onde nascem depois da amamentação, por norma nos mares da Bretanha, e algumas crias vêm até tão a Sul como Portugal”, explica Marina Sequeira.

Notícia actualizada às 16h24 com informações sobre os ferimentos da cria

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