Sánchez e Iglesias apresentam programa de Governo esta segunda-feira

Depois do apoio dos bascos do PNV, falta apenas a promessa de abstenção dos catalães da ERC para que o primeiro Governo de coligação espanhol desde o fim da Guerra Civil entre em funções.

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Os dois líderes, Sánchez e Iglesias, chegaram a acordo em Novembro PACO CAMPOS/EPA

O primeiro Governo de coligação em Espanha em democracia, entre os socialistas do PSOE e aliança de esquerda Unidas Podemos, está cada vez mais perto de ser uma realidade. Esta segunda-feira, a partir das 16h (hora em Portugal continental), os dois partidos apresentam ao Congresso dos Deputados o seu programa de Governo, numa jogada de antecipação para pressionar a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) a anunciar o apoio que falta para a investidura.

A apresentação do programa de Governo vai ser feita pelo candidato a primeiro-ministro, Pedro Sánchez (PSOE), e pelo líder da Unidas Podemos, Pablo Iglesias.

É um passo decisivo para a investidura do próximo Governo, o primeiro feito em coligação desde o fim da Guerra Civil, em 1939. E surge depois do anúncio, na manhã desta segunda-feira, de que os nacionalistas bascos do PNV vão votar a favor da investidura de Sánchez como chefe de Governo.

Mas esse apoio ainda não é suficiente – para além do PNV, o novo Governo precisa também da abstenção dos 13 deputados da ERC.

Esperava-se que os catalães anunciassem a sua decisão final ainda esta segunda-feira, para que Sánchez e Iglesias formalizassem os acordos com todos os partidos envolvidos. Mas perante a falta de um compromisso claro por parte da ERC, o PSOE e a Unidas Podemos decidiram apresentar o programa de Governo  nesta tarde. “Um gesto com o qual esperam ultrapassar os reparos da Esquerda [Republicana da Catalunha] para que a investidura possa realizar-se entre 2 e 5 de Janeiro”, escreve o El País.

Esta segunda-feira soube-se também que a Advocacia-Geral do Estado espanhol, um órgão dependente do Ministério da Justiça, pediu a libertação do independentista catalão ex-líder da ERC, Oriol Junqueras, para tomar posse como deputado europeu. A ERC considerava esta decisão fundamental para dar continuidade às negociações com o PSOE.

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