Banqueiro chinês condenado à morte por crimes de corrupção

Ex-presidente do Hengfgeng Bank foi considerado culpado do desvio de 99 milhões de euros, recebimento de subornos e destruição de documentos financeiros. Pena pode ser comutada para prisão perpétua.

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Banco regional foi alvo de resgate financeiro PETAR KUJUNDZIC/REUTERS

O ex-presidente do Hengfgeng Bank, banco regional que recebeu ajuda financeira do Governo Chinês, foi sentenciado à morte na passada quinta-feira por ter desviado 110 milhões de dólares (cerca de 99 milhões de euros). A pena tem um carácter provisório de dois anos, podendo ser comutada para prisão perpétua se o condenado mostrar bom comportamento durante este período.

De acordo com a Bloomberg, Jiang Xiyun foi condenado pelo crime de peculato, após ter transferido acções do banco para a sua conta pessoal entre 2008 e 2013. De acordo com o veredicto do Tribunal Popular Intermédio de Yantai, cidade do norte da província de Shandong, o banqueiro terá ainda recebido subornos em conjunto com outro banqueiro no valor de aproximadamente 7,64 milhões de euros.

O Hengfgeng Bank foi alvo de um resgate financeiro do Governo chinês. O banco regional vendeu 12,5 mil milhões de euros em acções que foram adquiridas por vários investidores e empresas, algumas das quais com ligações ao executivo de Pequim.

O Tribunal Popular deu como provado que Jiang Xiyun ordenou que fossem destruídos registos financeiros da instituição. Pequim operou resgates em mais dois bancos regionais, depois de, em Maio, o Governo de Xi Jinping ter decido assumir o controlo do Banco Baoshang.

O controlo estatal directo do sector bancário não era exercido desta forma no país há mais de duas décadas.

Prisão perpétua para ex-ministro no Vietname

O ex-ministro vietnamita Nguyen Bac Son foi acusado de receber subornos no valor de três milhões de dólares (2,28 milhões de euros) para orquestrar a aquisição de um serviço de televisão digital em 2016 em nome da estatal Mobifone, uma das principais operadoras de redes móveis no Vietname, quando era ministro da informação e comunicação. Este sábado, foi condenado a prisão perpétua.

Son, um ex-oficial militar, ordenou a transacção que envolvia a compra de 95% das acções da empresa Audio Visual Global por um equivalente a 383 milhões de dólares (342 milhões de euros), um preço inflacionado quase dez vezes, informou a televisão estatal, VTV. Son foi condenado a prisão perpétua por aceitar subornos e a mais 16 anos sob a acusação de violar os regulamentos de gestão de investimentos públicos.

Truong Minh Tuan, ex-deputado de Son que o sucedeu como ministro, foi condenado a 14 anos de prisão pela mesma acusação. Tuan foi acusado de aceitar 500 mil dólares (447 mil euros) em subornos para assinar o acordo de aquisição. Com Lusa

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