Migrantes: 11 pessoas, incluindo três menores, resgatados perto da costa em Espanha

O bote foi localizado esta manhã perto da costa de Granada.

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Fotografia tirada durante um resgate de migrantes no Mediterrâneo, em 27 de Outubro de 2017. LUSA/JOSE SENA GOULAO

A polícia marítima resgatou esta quarta-feira de manhã no porto espanhol de Motril, na província de Granada, 11 pessoas, incluindo três menores, a bordo de um bote oriundas do Magrebe, noroeste da África, segundo fontes da Cruz Vermelha espanhola.

Aquelas fontes, em declarações à agência Efe, informaram que os migrantes, que receberam cuidados médicos mal chegaram ao cais, estão em boas condições de saúde, embora alguns a recuperar da travessia.

O bote foi localizado na manhã desta quarta-feira por uma patrulha do Serviço Marítimo da Guarda Civil, perto da costa de Granada, e foi encaminhado para o porto de Motril, onde chegou por volta das 8:30, segundo a Efe.

Papa Francisco lamenta “mares transformados em cemitérios” e “muros de indiferença"

 “Que o Filho de Deus, descido do Céu à terra, seja defesa e amparo para todos aqueles que, por causa destas e outras injustiças, devem emigrar na esperança duma vida segura. É a injustiça que os obriga a atravessar desertos e mares, transformados em cemitérios; é a injustiça que os obriga a suportar abusos indescritíveis, escravidões de todo o género e torturas em campos de detenção desumanos; é a injustiça que os repele de lugares onde poderiam ter a esperança duma vida digna e lhes faz encontrar muros de indiferença.” Afirmou na manhã desta quarta-feira, o Papa Francisco na tradicional mensagem “urbi et orbi” de dia de Natal, perante a multidão reunida na Praça de São Pedro, no Vaticano. 

Num discurso breve, a que se seguiu a também habitual bênção aos fiéis, Francisco recordou as “crianças que padecem a guerra e os conflitos no Médio Oriente e em vários países do mundo” e lamentou as “trevas” que ensombram “relações pessoais, familiares, sociais” e “conflitos económicos, geopolíticos e ecológicos”.

Oito jovens migrantes desembarcam no Algarve: “Tinham frio e fome”

Há duas semanas, oito migrantes, entre os 16 e os 20 anos, desembarcaram na praia de Monte Gordo, no Algarve, que diziam ser marroquinos. Foram inicialmente levados para o comando local da Polícia Marítima de Vila Real de Santo António, onde foram “alimentados e tratados porque tinham frio e fome”. Mais tarde, abandonaram a capitania do porto de Vila Real de Santo António e estão agora à guarda do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Os jovens dizem que passaram cinco dias no mar e “revelavam sintomas de princípio de hipotermia”. Foram detidos por suspeitas de imigração ilegal. 

Durante 2018 e 2019, Portugal acolheu 129 pessoas resgatadas por navios humanitários. “Não obstante esta disponibilidade solidária sempre manifestada, o Governo português continua a defender uma solução europeia integrada, estável e permanente para responder ao desafio migratório”, explicava em Agosto o Governo, em comunicado.

Em Junho, o PÚBLICO noticiava que Portugal recebeu 1866 refugiados desde 2015 ao abrigo dos programas de recolocação, de reinstalação e de acolhimento voluntário de refugiados. Em 2016, o primeiro-ministro António Costa dizia que Portugal estava disponível para ir além da “quota” e receber mais 5800 refugiados.

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