Pelo menos 18 mortos em confrontos numa prisão das Honduras

Este é o segundo massacre em 48 horas. Na sexta-feira um tiroteio numa outra cadeia em Atlantida provocou também 18 mortos.

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Os confrontos na prisão de El Porvenir, em Tegucigalpa, provocaram pelo menos 18 mortos e vários feridos JORGE CABRERA/Reuters
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O massacre na sexta-feira na cadeia de Tela, em Atlantida JOSE VALLE/LUSA
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Pelo menos 18 prisioneiros morreram este domingo numa prisão nas Honduras num confronto entre gangues rivais, segundo um novo balanço das autoridades, o mesmo número de vítimas mortais registado num tiroteio numa outra cadeia na sexta-feira. O anterior balanço das autoridades apontava para 16 mortos.

O massacre, o segundo em 48 horas, numa prisão no país e cujas causas ainda são desconhecidas, ocorreu apesar de ter sido declarado o estado de emergência nacional no sistema prisional.

O presidente do Comité para a Defesa dos Direitos Humanos nas Honduras, Hugo Maldonado, disse aos jornalistas que se sentiam “abalados” diante destes novos homicídios numa prisão.

“Chega de tanta morte” no sistema prisional, disse Maldonado, acrescentando que um confronto entre membros de gangues é a principal hipótese para os múltiplos crimes.

Maldonado apelou à comunidade internacional para “ajudar” o Governo hondurenho a formar guardas prisionais, já que “ainda resta a dúvida de que a equipa ainda está a prestar” actividades ilegais nas prisões.

Composto por cerca de 30 prisões, o sistema penitenciário nas Honduras abriga cerca de 22 mil presos, quando a sua capacidade máxima é de oito mil, sendo que menos de metade dos prisioneiros foram condenados.

Os prisioneiros nas Honduras são considerados uma “bomba-relógio” devido à superlotação das cadeias e a problemas de infra-estruturas onde vários prisioneiros se encontram em detenção preventiva.

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