Toda a Europa nos olhos de Lasplacettes

A Europa sempre foi, ao longo da História, um lugar de violência extrema, um lugar de matanças. Regar a árvore da paz e da democracia em solo europeu é, também, recordar os fuzilados da Grande Guerra. Homens como Jean-Louis Lasplacettes, que tinha nos olhos toda a dor do mundo e que morreu para nada.

Foto
A única fotografia conhecida do soldado Jean-Louis Lasplacettes

Em Agosto de 2019, um parapentista lançou-se de uma falésia na orla do vale do Aspe, nos Pirenéus franceses, e desceu aos ziguezagues, planando suavemente, até que, já perto do solo, o parapente se enredou nos cabos de alta tensão que cruzam o vale. A 50 metros do chão, o homem ficou suspenso, forçado a encolher as pernas para não tocar nos cabos inferiores, em equilíbrio instável, durante mais de quatro horas, até os bombeiros desligarem a corrente e o socorrerem com uma grua. Martine Lacout-Loustalet, correspondente de um jornal da região, cobriu o acontecimento. Mora em Aydius, uma pequena aldeia das redondezas, empoleirada no valezito de um afluente do Aspe. É sobrinha-neta de Jean-Louis Lasplacettes, combatente da Grande Guerra, fuzilado em 1917.

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