Função pública pode ter greve nacional a 31 de Janeiro

Enquanto a Frente Comum fala em manifestação nacional em Lisboa, a Fesap está a analisar convocar greve para o mesmo dia. A causa é a mesma: contestar o aumento salarial previsto no OE 2020

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Rui Gaudencio

A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) está a “equacionar” realizar uma greve em 31 de Janeiro, apelando a “todas as estruturas sindicais” que se juntem na resposta ao Governo sobre aumentos salariais de 0,3% em 2020.

A posição da Fesap, estrutura da UGT, surge depois de hoje a dirigente da Frente Comum, afecta à CGTP, Ana Avoila, ter hoje ao final da manhã anunciado uma manifestação nacional da função pública, em 31 de Janeiro, em Lisboa.

“A Fesap equaciona realizar uma greve nacional em 31 de Janeiro, que poderá ser de mais dias, porque considera que é curto realizar apenas uma manifestação, perante a ofensa que é a proposta do Governo de aumentos de 0,3% após dez anos de congelamento”, disse à agência Lusa o líder da Fesap, José Abraão.

A decisão da Fesap surge depois de esta estrutura sindical ter enviado uma carta aos dirigentes da Frente Comum e do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) no sentido de as três estruturas concertarem posições, após ser conhecida a proposta de actualização salarial do Governo, referiu José Abraão.

“Apelamos a todas as estruturas sindicais que dêem uma resposta que conduza o Governo a alterar esta posição”, frisou.

O dirigente da Fesap considerou ainda que a greve em 31 de Janeiro “deverá ser acompanhada pelos trabalhadores do sector privado, uma vez que a proposta de 0,3% de aumentos vai acabar por influenciar negativamente a negociação colectiva”.

José Abraão remeteu mais detalhes sobre a acção de luta para a conferência de imprensa da UGT que se realiza sexta-feira, após a reunião do Secretariado Nacional.

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