Carlos César diz que “seria incompreensível” que a esquerda chumbasse o OE

Presidente do PS afirmou que a proposta apresentada é do Governo e que as conversações com os antigos parceiros devem começar de imediato.

Foto
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

O PS assume que a proposta do Orçamento do Estado apresentada apenas reflecte as opções do Governo e do PS e que o momento das negociações com os antigos parceiros da “geringonça” é a partir de agora, mesmo antes da votação na generalidade. À saída da reunião com o Presidente da República, o presidente do PS negou que os socialistas tenham privilegiado o PSD-Madeira no acolhimento de propostas orçamentais, e lançou para cima dos partidos à sua esquerda a responsabilidade de um eventual voto contra no Orçamento.

“Seria incompreensível que esses partidos chumbassem o OE e lançassem o país na maior das estabilidades de forma precipitada e sem justificação”, afirmou Carlos César aos jornalistas, repetindo que se trata de uma proposta “de continuidade” e que “já contém o desenho a partir do qual podem ser aprofundadas algumas das propostas desses partidos”.“O momento agora é o da avaliação das propostas desses partidos”, sublinhou.

Carlos César começou por dizer que hoje existe “um enquadramento partidário diferente da anterior legislatura”, por já não existirem acordos escritos, mas garantiu que o PS parte agora para as negociações de “boa-fé” mas “avaliando as prioridades e verificando se são possíveis ajustes”.

Questionado sobre se os motivos pelos quais preferiram acolher propostas do PSD-Madeira em vez das dos antigos parceiros da “geringonça”, César recusou não ter havido alguma “negociação especial” com o Governo Regional da Madeira e muito menos com o PSD-Madeira. “O Governo reuniu com o Governo regional da Madeira como reuniu com o Governo Regional dos Açores”, disse, acrescentando que “as matérias que dizem respeito à Madeira são profusamente conhecidas e já com algum historial do ponto de vista da análise pelo Governo da República, nomeadamente a questão do hospital e da dívida”.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários