Hospitais Santa Maria e Pulido Valente garantem que 90% das consultas de psiquiatria são realizadas dentro dos prazos

De 2018 até agora, “a percentagem de primeiras consultas realizadas em tempo adequado aumentou de 75,9% para 89,5%”, garante Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, no dia em que o Conselho Nacional de Saúde lembra que o país precisa de uma estratégia integrada para os cuidados de saúde mental.

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Espera por primeira consulta classificada como "prioritária" demora entre um mês e meio e três meses Paulo Pimenta (arquivo)

Cerca de 90% das consultas de psiquiatria no Centro Hospital Universitário Lisboa Norte (CHULN), que agrega os hospitais Santa Maria e Pulido Valente, foram realizadas “dentro dos prazos previstos”.

Numa nota à imprensa, divulgada no mesmo dia em que o PÚBLICO noticiou que a espera por consultas urgentes de psiquiatria chega a ser de três meses – muito acima dos 30 dias previstos —, o CHULN garante que os dados acumulados até Outubro de 2019 “mostram que a esmagadora maioria do total de 590 primeiras consultas de psiquiatria pedidas pelos centros de saúde tiveram resposta dentro dos tempos previstos”.

“Apenas cinco (0,8%) foram ‘muito prioritárias’, com um tempo médio de resposta acima dos 30 dias previstos”, precisam os responsáveis daquele centro hospitalar. E acrescentam que, nos restantes casos, “a resposta está muito abaixo dos tempos máximos”: 10 consultas (3,2% do total) foram “prioritárias”, com um tempo médio de espera de 53 dias, logo, abaixo dos 60 dias previstos nos tempos máximos de resposta garantidos; e 566 foram “normais”, sendo que para estas o tempo médio de espera foi de 62 dias, também abaixo dos 120 dias previstos.

Do ano passado para o actual, “a percentagem de primeiras consultas realizadas em tempo adequado aumentou de 75,9% para 89,5%”, lê-se na mesma nota.

A incapacidade de vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde respeitarem os prazos máximos legais para primeiras consultas de psiquiatria surge apontada no relatório de 2019 do Conselho Nacional de Saúde. Este órgão independente e de consulta do Governo considera, no relatório que é esta segunda-feira apresentado no Parlamento, que o país precisa de “uma estratégia integrada” para melhorar os cuidados de saúde mental, com o financiamento e recursos adequados.

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