Uma família que João Camer tanto quis devolveu-o seis meses depois de o adoptar

Com dois anos, João Camer foi retirado aos pais e com seis deixou de ter contacto com eles, para ser adoptado por decisão de um juiz. Foi uma espera longa e angustiante, relembra. Quando apareceu uma família, sentiu-se mais completo. Mas seis meses depois viria a ser devolvido a uma instituição, onde ficou até aos 18 anos. Deu a volta. É autónomo. O que sente hoje é “orgulho”, mas também um grande vazio.

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João Camer não viveu muitos meses com a família. Para ele, pouco importava que fosse adoptiva. Uma família era aquilo que ele sempre idealizara desde que foi retirado de uma, ainda bebé de dois anos, por incapacidade dos pais biológicos. Do casal sem filhos, a quem muito raramente conseguiu chamar pai e mãe, não se esquecerá: não por ter sido quem o adoptou, mas por ter sido quem o devolveu à Segurança Social quando o desafio do amor incondicional se revelou excessivo, ou deslocado. 

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