É preciso “melhorar a ligação aérea com Lisboa” e falar-se mais de Macau em Portugal

O cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong sublinha a necessidade de reforçar a diplomacia económica e cultural e de “desenvolver o turismo nos dois sentidos”.

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Macau Daniel Rocha

O cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong considera que melhorar as ligações aéreas Macau-Lisboa, desenvolver parcerias empresariais e falar-se mais de Macau em Portugal seria importante para se reforçar a cooperação mútua.

Em entrevista por escrito à Lusa, Paulo Cunha-Alves disse que para se reforçar a diplomacia económica e cultural “seria também importante desenvolver o turismo nos dois sentidos e melhorar as ligações aéreas entre Macau e Lisboa”.

“Julgo ainda pertinente o desenvolvimento de parcerias empresariais entre empresários de Portugal e da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau], com a disponibilização de ambas as partes para acções de investimento nos dois sentidos”, sustentou o diplomata.

O embaixador salientou que, “sem que exista um conhecimento mais aprofundado entre os dois povos, não será fácil convencer empresários, artistas e outros agentes da cultura e visitarem Macau e a relacionarem-se com a RAEM”.

Por outro lado, sublinhou que, “a nível cultural, é importante que Portugal continue a promover a língua e a cultura portuguesas em Macau, apostando no envio de artistas e na organização de exposições que, por exemplo, possam ser integradas no grande festival de arte que foi a primeira edição do Arte Macau 2019”, exemplificou.

Após mais de 400 anos sob administração portuguesa, Macau passou a ser uma região administrativa especial da China a 20 de Dezembro de 1999, com um elevado grau de autonomia, acordado por um período de 50 anos, a nível executivo, legislativo e judiciário, com o Governo central chinês a ser responsável pelas relações externas e defesa.

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