Cartas ao director

Mudança de comportamentos

As ruas das nossas cidades reflectem o comportamento de muitos seres humanos quando, apesar de os mesmos ouvirem falar em problemas ambientais que contribuem para as alterações climáticas, se recusam a alterar as suas atitudes, que ainda que pequenas, em conjunto com outras, poderão fazer uma grande diferença numa sociedade que nos pertence e na qual era suposto vivermos usufruindo da dádiva da natureza,e do respeito uns pelos outros.

As campanhas de sensibilização para a necessidade de mudança de comportamentos de muitos cidadãos parece serem ineficazes, quando os mesmos cidadãos continuam com atitudes negligentes, e, para além de não fazerem a separação do lixo, também não são capazes de caminhar uns metros para colocar o mesmo no seu devido lugar, passando a imagem de cidadãos comodistas e desleixados, pouco se importando com comportamentos cívicos.

Lamentavelmente muitos se queixam que determinadas medidas das autoridades locais ou governamentais são impopulares, mas a verdade é que os autores de determinados gestos só aprendem quando são castigados, e neste país de brandos costumes e maus hábitos, em muitos casos, as medidas impopulares parece serem necessárias para obrigar à mudança.

De pouco adianta fazermos marchas pelo clima, seguirmos atrás de alguém que se destaca na luta contra as alterações climáticas, se não adaptarmos comportamentos adequados à nossa vivência diária ou tivermos a consciência individual de que a mudança começa em cada um de nós.   

Américo Lourenço, Sines

Agir com celeridade e eficiência

A história da humanidade diz-nos que, na generalidade dos casos, a falta de diálogo e de sensibilidade social foram determinantes no tempo para fomentar o flagelo das guerras e da fome. Algo cujo epicentro, a meu ver, é comum à temática das alterações climáticas e suas consequências. Um contexto onde, na actualidade, assistimos à radicalização do discurso que é indubitavelmente prejudicial para todos.

Uns, como Donald Trump e Jair Bolsonaro [Presidentes dos Estados Unidos e do Brasil, respectivamente], recusam acreditar no problema real que vivemos, pois consideram-no uma questão menor.

Outros, como Greta Thunberg, são peremptórios em afirmar que tudo está mal no nosso modelo de desenvolvimento e que é necessário desmantelar o sistema vigente. E há aqueles ainda que, perante os extremismos em causa, advogam uma posição intermédia, na qual me revejo, tendo como base um desenvolvimento sustentável com políticas fiscais que incentivem a adopção de comportamentos amigos do ambiente e formas de punir os infractores. É bom termos consciência disso, designadamente os políticos responsáveis, para não comprometermos o futuro.

Manuel Vargas, Aljustrel

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