A vida é feita de pequenos nadas

Um filme frágil e vulnerável, mas por isso mesmo extraordinariamente comovente, um passeio com a vida e com a morte pelos bosques de Sintra com um elenco em estado de graça.

,Frankie
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Frankie é comovente: um passeio tão encantado como desencantado com a vida e com a morte, com os amores e com os desamores
,Homenzinho
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Parece existir em Frankie um desfasamento qualquer. Ira Sachs, até aqui - graças ao magnífico Love Is Strange e ao bastante bom Homenzinhos – contista de Nova Iorque, a filmar em Sintra com um elenco global encabeçado pela Huppert? A ceder um tudo nada ao cliché turístico (ai a Praia das Maçãs, ai o eléctrico, ai as queijadas, as fontes, o micro-clima) com o seu quê de co-produção oblige? Parece existir, mas não por muito tempo. Desvanece-se aos poucos, como os nevoeiros ou os aguaceiros do micro-clima, para deixar mais uma das histórias que só Sachs sabe contar sobre os pequenos nadas que fazem uma vida. Onde nada parece acontecer – e, na verdade, nada acontece lá fora mas, cá dentro, tudo mudou de sítio.

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