Joana Craveiro à procura do verde por detrás das colinas

O Teatro do Vestido termina em Viseu a sua Viagem a Portugal. Desta quinta-feira e até sábado, o Teatro Viriato acolhe uma peça que mete as mãos no país e questiona os seus caminhos — passados e futuros.

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"Viagem a Portugal – Paragem Viseu, a Última Paragem ou o que Nós Andámos para Aqui Chegar" fecha um ano de reflexão sobre Portugal João Paulo Serafim

Joana Craveiro leu o conto A Viagem, de Sophia de Mello Breyner Andresen (incluído em Contos Exemplares), nalgum momento da sua juventude que não consegue situar. Sabe, no entanto, que quando assistiu à peça que O Bando criou a partir desse texto e apresentou na Comuna, em 1987, já não era uma novidade na sua vida. Com a passagem dos anos, a directora artística do Teatro do Vestido foi percebendo o quanto continuava a ser habitada pelo conto em que um casal se dirige de automóvel para um jardim maravilhoso, perdendo constantemente todo o caminho que deixa para trás e nunca conseguindo alcançar o seu destino final. Quando começou a “pensar em viagem e em percurso”, a propósito da paragem final do ciclo Viagem a Portugal – que o Teatro do Vestido levou ao Minho e a Alcanena, e tem agora o seu epílogo em Viseu (de 12 a 14 de Dezembro, no Teatro Viriato) –, Joana Craveiro não demorou a ser assaltada por essa história. Surgiram-lhe logo estas figuras da mulher e do homem, mas também de um narrador que ajudaria a empurrar a história para a frente.

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