Palácio da Pena reconstitui a “primeira árvore de Natal” portuguesa

Uma iniciativa inédita mostra-nos em Sintra a “árvore de D. Fernando II”, reconhecido como o monarca que introduziu a tradição em Portugal.

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A reconstituição da árvore de Natal e sala natalícia de D. Fernando II, na Pena, em Sintra DR/PSML/Luís Duarte
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A reconstituição da árvore de Natal e sala natalícia de D. Fernando II, na Pena, em Sintra DR/PSML/Luís Duarte
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A reconstituição da árvore de Natal e sala natalícia de D. Fernando II, na Pena, em Sintra DR/PSML/Luís Duarte
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Pormenor da árvore de Natal de D. Fernando II DR/PSML/Luís Duarte
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Gravura: o rei D. Fernando II rodeado pelos seus sete filhos em redor da Árvore de Natal - da autoria de D. Fernando II, 1848 DR/PSML/Ana Cristina Machado
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Gravura: Infante D. Pedro junto à Árvore de Natal - da autoria de D. Fernando II, 1844. DR/PSML/Ana Cristina Machado
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Gravura: Boas Festas, o postal de D. Fernando II, 1839 DR/PSML/Ana Cristina Machado

É o Pinheiro da Pena e está exposto no palácio que se deve à iniciativa de D. Fernando II, o rei que, para mais, não só é considerado o responsável por introduzir a árvore de Natal em Portugal, como também o primeiro cartão de Boas Festas de que há registo no país – datado de 1839, era destinado aos seus familiares e um deles está nas colecções da Rainha Vitória​.

O Palácio Nacional da Pena, em Sintra, aproveita a época para mostrar a “reconstituição histórica inédita” da Árvore de Natal de D. Fernando II, que estará em exposição no Salão Nobre do monumento até 6 de Janeiro, Dia de Reis. 

“Na época em que reinou com D. Maria II, o Natal no Palácio das Necessidades (em Lisboa) era celebrado em torno de um pinheiro trazido propositadamente do Parque da Pena”, explica a Parques de Sintra em comunicado. “A memória dessas noites foi-nos deixada por D. Fernando II através de duas gravuras de sua autoria e foram estes testemunhos visuais, acompanhados de uma ampla investigação histórica, que permitiram concretizar com rigor esta reconstituição”, adiantam.

Além do pinheiro estarão também expostas “reproduções à escala da decoração”. Resultam de um “trabalho de manufactura especializada”, sendo baseados nos “conhecimentos históricos e técnicos reunidos pela equipa do palácio” e recorrendo à “utilização de materiais idênticos aos originais e a técnicas de execução tradicionais”. 

“As gravuras do rei-artista evidenciam o pinheiro, que era o centro da festa, decorado com velas, com frutos e com figuras diversas e, ao seu redor, os brinquedos destinados aos pequenos príncipes.” Num dos desenhos, de finais do séc. XIX, as crianças “admiram a chegada de São Nicolau”: no caso, “o próprio rei trajado”. 

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As Boas Festas da autoria de D. Fernando II, o rei-artista (1839) DR/PSML/Ana Cristina Machado

A iniciativa, com um custo de 20 mil euros, segundo dados da Parques de Sintra, insere-se no projecto mais global, e em curso, de “reconstituição histórica dos ambientes domésticos que marcaram a vivência da família real” no palácio. 
 
A exposição passará a fazer parte da tradição natalícia de Sintra.

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