“As pessoas vão ter uma quebra abrupta nos seus rendimentos, mas não sabem disso”

Miguel Coelho, economista e especialista em Segurança Social, defende que é preciso caminhar o mais rapidamente possível para um consenso, primeiro técnico e depois político, relativamente ao sistema de Segurança Social português.

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RUI GAUDÊNCIO

O economista Miguel Coelho lançou o seu segundo livro sobre o tema da protecção social em Portugal, intitulado Segurança Social - Passado, Presente e Futuro, onde alerta que a sustentabilidade do sistema está posta em causa. Isto tem, afirma em entrevista ao PÚBLICO, implicações graves imediatas, já que “não se consegue convencer as gerações actuais a contribuírem quando a expectativa que elas têm é que no futuro não vão ter nada em troca”. Defende por isso um novo modelo, semelhante ao adoptado na Suécia, onde o valor da pensão é definido pelas contribuições feitas e capitalizadas virtualmente ao longo do tempo. Assim, diz, não só a sustentabilidade é maior, como as eventuais reduções dos rendimentos dos futuros pensionistas são apresentadas com maior transparência. Em relação à resposta defendida pelo governo de diversificação das fontes de financiamento, defende que “é uma forma de curto prazo de tentar resolver o problema” e que uma das coisas que faz é “desvirtuar o sistema”.

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