O especialista Luiz Phellype salvou o Sporting de perder mais pontos

“Leões” triunfam em Alvalade sobre o Moreirense, por 1-0, e já só estão a um ponto do Famalicão, terceiro classificado.

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Luiz Phellype marcou o golo da vitória do Sporting Rodrigo Antunes/Lusa

Há jogadores que não são pontas-de-lança e que se fartam de marcar golos. Um deles mora em Alvalade, chama-se Bruno Fernandes e tem sido ele o goleador de serviço no Sporting. Não só porque é o “intocável” (como Silas lhe chamou) que resolve, mas também porque há falta de especialistas de área. Na verdade, só há um. Veio da segunda divisão na época passada, custou meio milhão de euros e tem marcado mais do que todos os segundos avançados e extremos que se acotovelam por minutos no plantel “leonino”. Luiz Phellype não será o ponta-de-lança mais rápido do mundo, nem o mais forte, o mais tecnicista, ou o mais goleador. Mas vale pontos. E neste domingo só precisou de cinco minutos para marcar o golo que valeu a vitória (1-0) aos “leões”, em Alvalade, frente ao Moreirense.

Se não fosse Luiz Phellype a estar no sítio certo para marcar aos 70’, é bem provável que o Sporting desperdiçasse uma das suas exibições mais agradáveis dos últimos tempos e fosse vítima da falta de acerto dos seus homens da frente e da grande inspiração do guardião brasileiro dos minhotos, Mateus Pasinato. Tudo podia ter sido diferente se tivesse contado a bola que Bolasie meteu na baliza do Moreirense, aos 11’, mas a culpa de o golo não ter valido não foi dele. Borja, que tinha feito o cruzamento, estava 14 centímetros adiantado em relação ao último defensor. Os “leões” festejaram, mas Artur Soares Dias ouviu o VAR e desfez os festejos

Foi um jogo de maioria sportinguista, em que o Moreirense teve os seus momentos. Bolasie teve o golo na cabeça aos 20’, mas Pasinato defendeu, e, na resposta, Luther Singh quase concretizou um perigoso contra-ataque a favor dos visitantes, num lance que provocaria a saída de Luís Neto de maca e a sua substituição por Coates. Numa primeira parte que durou até aos 54 minutos (devido à assistência ao central), o Sporting andou sempre a rondar a baliza, mas nunca acertou no alvo. Até Bruno Fernandes desperdiçou um par de ocasiões.

A segunda parte começou praticamente com um disparo de Mathieu ao poste da baliza do Moreirense, na conversão de um livre directo. Os “leões”, até então pressionantes e dinâmicos, foram perdendo alguma clarividência com a falta de pontaria, enquanto os minhotos pareciam bem confortáveis com o que se passava. Aos 65’, Silas foi buscar ao banco o seu único especialista (abdicou de Jesé) e, cinco minutos depois, teve o prémio. Mathieu meteu a bola na área e Luiz Phellype, perto da marca de penálti, cabeceou com força e direcção para o golo, o seu sexto da temporada — mais do que Bolasie (1), Jesé (1), Camacho (0) e Fernando (0) juntos.

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Tudo ficou mais fácil para o Sporting aos 74’, com a expulsão de Iago Santos, que viu o segundo amarelo após uma falta sobre Bolasie. A jogar com menos um, o Moreirense ficou limitado na sua capacidade de lutar pelo resultado e já nada mudou.

Depois da derrota em Barcelos, para o campeonato, esta era uma vitória de que o Sporting precisava, no último jogo em Alvalade de 2019, para se aproximar do terceiro classificado — o Famalicão, derrotado nesta 13.ª jornada, ficou a apenas um ponto. Os dois da frente continuam bem longe.

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