Cunhado do rei de Espanha preso por fraude deverá passar Natal em casa

Decisão foi aprovada pelo centro penitenciário e requer ratificação judicial. Iñaki Urdangarin cumpriu 17 meses na prisão, da pena de seis anos e três meses aplicada em Fevereiro de 2017.

Foto
Iñaki Urdangarín é o marido da infanta Cristina de Espanha, irmã do actual rei. Reuters/ENRIQUE CALVO

O marido da infanta Cristina de Espanha, irmã do rei Felipe VI, vai passar o Natal a casa. De acordo com o jornal digital espanhol OkDiario, que cita fontes das autoridades prisionais, Iñaki Urdangarin, condenado em Fevereiro de 2017 a seis anos e três meses de prisão por fraude e desvio de dinheiro, passará uma semana fora da prisão, para que possa passar a quadra natalícia com a família.

O cunhado do rei cumpriu 17 meses da sua pena e, apesar de os serviços prisionais terem aprovado esta saída em precária, esta ainda precisa de ser ratificada pelo juiz. Iñaki Urdangarin encontra-se preso na prisão de Brieva, um estabelecimento reservado a mulheres, mas com um módulo exclusivo para homens.

A infanta também foi arguida no caso: Cristina seria absolvida da acusação de delito fiscal por, alegadamente, ter beneficiado de parte do dinheiro desviado pelo marido através de uma sociedade familiar. Apesar de não ter sido condenada, foi-lhe imposta uma multa de 265 mil euros, a título de responsabilidade civil por benefícios indevidos.

O mediático processo – foi a primeira vez na história que um membro da família real espanhola se sentou no banco dos réus – levou a que Felipe VI, após herdar o trono do pai Juan Carlos, retirasse o título de duquesa de Palma à irmã, afastando-a da família real. Cristina ter-se-á recusado a divorciar-se do marido, que, juntamente com um sócio, era acusado de ter desviado milhões de euros dos cofres públicos a coberto de organizações de eventos desportivos e congressos entre 2004 e 2007.

O sócio de Iñaki Urdangarín, Diego Torres, recebeu a pena de prisão mais pesada: oito anos e meio de prisão e a uma multa de 1,7 milhões de euros por fraude, tráfico de influências e branqueamento de capitais. Jaume Matas, antigo dirigente do Partido Popular espanhol e presidente do governo autónomo das ilhas Baleares, foi condenado a três anos e oito meses de prisão por prevaricação e fraude. 

Sugerir correcção
Comentar