United triunfante no derby de Manchester

Red devils” ganham no Etihad por 1-2. Campeão City já está a 14 pontos do líder Liverpool.

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Rashford marcou o primeiro golo do United Reuters/PHIL NOBLE

Já vão longe os tempos em que Alex Ferguson se referia ao Manchester City como o “vizinho barulhento” para o seu Manchester United, tempos em que os “red devils” mandavam no futebol inglês e a metade azul da cidade passava a vida a subir e a descer de divisão. Nos tempos que correm, a hierarquia inverteu-se e é o City que manda, enquanto o United vai definhando. Mas neste sábado, pelo menos por um dia, o futebol de Manchester voltou aos tempos de Ferguson.

Em pleno Etihad, e com Sir Alex na bancada, o United de Solskjaer ganhou com autoridade, por 1-2, ao City de Guardiola e, a pouco e pouco, vai ganhando posições na Premier League inglesa. Já é quinto, com 24 pontos (a cinco do quarto, o Chelsea), enquanto o bicampeão City vai ficando cada vez mais longe da luta pelo título – está em terceiro, com 32 pontos, a 14 pontos do líder invencível Liverpool, que alcançou no campo do Bournemouth a sua 15.ª vitória em 16 jornadas.

Este Manchester United pode não ser uma equipa consistente, mas sabe como ganhar às melhores equipas da Premier League. Foram os “red devils”, por exemplo, que tiraram os únicos pontos ao Liverpool (empate 1-1), e já ganharam nesta temporada, não só ao City, mas também ao Leicester (2.º), ao Chelsea (4.º) e ao Tottenham (6.º) de José Mourinho. Claro que, depois, perdem muitos pontos frente a equipas do meio da tabela e isso faz com que ninguém leve muito a sério este United de Solskjaer.

A par da superação dos “red devils”, esta foi, na mesma medida, mais uma prova de que algo não está bem na equipa de Pep Guardiola, que foi uma presa demasiado fácil para os rápidos homens da frente do United, sobretudo Marcus Rashford. Já tinha sido o destruidor, a meio da semana, do Tottenham de Mourinho em Old Trafford, voltou a sê-lo para o City.

Aos 23’, o jovem avançado colocou o United na frente com a conversão de um penálti a castigar uma falta de Bernardo Silva sobre o próprio Rashford. O VAR ainda analisou o lance durante vários minutos, mas havia mesmo falta do médio português. E depois da conversão do castigo no 0-1 para o United, as câmaras focaram-se em Ferguson, sorridente por estar a ganhar na casa do vizinho barulhento. Sempre muito seguros no jogo, os “red devils” chegaram ao 0-2 com toda a justiça seis minutos depois, com um contra-ataque em que Anthony Martial converte em golo uma assistência primorosa de Daniel James.

O técnico catalão do City bem tentou fazer alguma coisa, mas foram mais as vezes que os seus jogadores caíram na área a reclamar penálti do que as verdadeiras situações de perigo que criaram. O City só reentrou verdadeiramente no jogo aos 85’, quando Otamendi encaminhou para a baliza de De Gea um canto de Mahrez. Foram minutos de pressão alta dos “citizens” e resistência competente do United, mas nada se alterou e Alex Ferguson saiu mesmo da casa do vizinho com um sorriso nos lábios.

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