O fascínio de uma paisagem sem humanos

Na sua 15º edição, a Bienal de Lyon, o futuro alimenta a imaginação dos 50 artistas participantes. Na imagem de um ecossistema em que o humano e o animal, o vivo e o não-vivo já não se distinguem. E em que profetizada transformação da condição humana cria e sonhos e pesadelos.

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Na Bienal de Arte Contemporânea Lyon, até o mais distraído dos visitantes concluirá: “O ser humano desapareceu. Extinguiu-se. No seu lugar, encontro máquinas, cenários apocalípticos, ruínas, lugares abandonados, criaturas ou formas que já não são humanas. Uma paisagem depois dos humanos”. É uma descrição plausível para aquilo que se vê nos quatro hangares da Fangor, uma fábrica (desactivada) na cidade francesa. Outra, menos visual, é a de um fluxo de sons— metal que range, motores a trabalhar, água que escorre, música— e cheiros à qual o espectador se abandona.

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